quarta-feira, dezembro 29, 2010

UM FILHO DE JANEIRO/FELIZ 2011


Porque o NOVO ANO está aí à porta e embora tempo seja apenas tempo nada mais, uma sequência de noites e de dias...
um Novo Ano tem aquela magia de ser um virar de página, um livro novo!
Por isso mesmo fica minha mensagem de esperança, que tanto pode ser melhor saúde, mais dinheiro, uma melhor ocupação, a descoberta do verdadeiro amor... ou "simplesmente",
o nascimento de UM FILHO!
Dizem os versos da cantiga da Simone de Oliveira "DESFOLHADA" que, "quem faz um filho fá-lo por gosto".
Ora bem escolho esta dica para desejar a todos uma esperança renovada no ano de 2011 que está quase a nascer.
Um poema alusivo ao nascimento de um dos meus filhos:


UM FILHO DE JANEIRO

O dia amanheceu diferente
não era que não fosse um dia como os outros
mas algo acontecia
que fugia
ao trivial ao corriqueiro

era Janeiro e tu nascias
futuro sequência vida que começa
e se agradece não se sabe a quem
porque é muito o que se quer agradecer
e não há palavras nem gestos para o fazer
fica-se assim como eu fiquei

sério
contente
sem jeito
sem olhos grandes que pudessem fixar o instante
o sorriso permanente que virias a ser

dá para lembrar o céu da minha terra
onde o luar em Janeiro é lindo
e a lua cheia encanta a noite
emprestando-lhe calor
nos frios rigorosos das geadas

não vejo esse luar aqui cidade grande
com holofotes
néons
iluminações

mas como nasceu aqui
uma estrela brilhante
especialmente bela
quase esqueci
que da minha rua não vejo a lua cheia da minha terra

a estrela que nasceu em Janeiro
Lisboa em ti
vê só
tem rosto e sorri quando me vê

Em "UM ONTEM AQUI (RE)LEMBRAR" de António Esperança Pereira, Editora Bubok
http://lusito.bubok.pt
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Saudações cordiais a todos com os desejos de UM FELIZ ANO NOVO,
António E. Pereira

segunda-feira, dezembro 27, 2010

TEMPO DE BALANÇO


O Natal passou e com as festas idas da celebração do nascimento do Menino Jesus mais ou menos a contento ...
é tempo para quase todos de BALANÇO.
Balanço que faz falta na vida de todos nós.
Há sempre que avaliar o que está, fazer as contas, medir o grau de satisfação, depois continuar.
De preferência, sempre a melhorar.
Por isso fazem esse BALANÇO (é aconselhável fazer) as pessoas, as famílias, as empresas, as nações, etc.
Alusivo a este intervalo entre FIM DE ANO e INÍCIO DE ANO, fica um poema que está incluído no meu livro citado abaixo:



TEMPO DE BALANÇO

Fim de Dezembro
princípio de Janeiro
é sempre um tempo grande
vazio férias
dias curtos noites longas
tempo de balanço

para a frente e para trás
um ano inteiro

há que pôr a vida
nos pratos da balança
equilibrar

se o passado pesa
em desacerto
aliviar
se o presente encolhe
e sabe a pouco
planear

vida que pode começar
num passo ousado
a dar
no ano novo

num tampão
numa comporta
à não solução

como estabelecimento
comercial
contabilidade
perdas ganhos
investimento

faça-se o mesmo
a nível pessoal
inverno verão
bonança temporal
capital não capital

que então
feitas as contas
achadas as respostas
frutos virão
novas apostas.

Em "DEUS A VIDA E NÓS (presas e predadores)" de António Esperança Pereira, Editora Bubok
http://lusito.bubok.pt
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Continuação de BOAS FESTAS,
António E. Pereira

quinta-feira, dezembro 23, 2010

*BOAS FESTAS*


Deixo mais um poema alusivo ao NATAL. É uma época excitada, excitante, também vazia, problemática, nostálgica. Lembra-se quem não está, festeja-se com quem está.
Seja como for, NATAL é NATAL, com gripe ou sem gripe, mais farto ou menos farto, o NATAL é mesmo para celebrar.
Afinal é a data de nascimento de Jesus Cristo!
A todos os que de uma maneira ou de outra são presentes na minha vida, os desejos sinceros de um ÓPTIMO NATAL.
Aí vai:

UM DIA DE NATAL

Corpo dorido mal dormido
remeloso entupido
acordo
entre a angústia e a gripe

o frio incomoda
o aquecedor irrita
o espírito de natal sufoca

peço ajuda na farmácia
para me suportar

tento animar
mas não é fácil
com os olhos a chorar
uma vontade enorme de tossir
e de espirrar

há pessoas à porta
outras a chegar

o natal não se pode adiar!

um que vomita
outro que tosse
outro que grita
a festa aquece

a comer a beber a falar
a garganta a entupir
a febre sempre a aumentar

há família
há presentes
há luzinhas a brilhar
há conversa a entreter
aspirinas a ajudar

mesmo com gripe
natal é para celebrar!

Em "DEUS A VIDA E NÓS" de António Esperança Pereira, Bubok editora
http://lusito.bubok.pt
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FELIZ NATAL para todos,
António E. Pereira

sábado, dezembro 18, 2010

POUPEM POUPEM...


Gostamos do cor de rosa como cor e como maneira de equilibrar a vida.
Mais vale ser optimista que pessimista, antes a cor do amor, da alegria, da flor, que o negro escuro da tristeza, da falta de esperança, da desistência de lutar.
Saudamos mais quem faz do que quem faz que faz e só desfaz.
O nosso aplauso para os CRÍTICOS AVULSO (título de livro) aqueles críticos do bota abaixo, do quanto pior melhor, é nulo.
Somos contudo realistas, por isso mesmo, sabemos que A VIDA SOBE E DESCE, também título de livro que escrevemos...
E porque somos realistas, porque o NATAL é muito mais para uns do que para outros, porque nos dizem para poupar, porque esta crise está longe de ser explicada convenientemente, porque nos zangamos por isso, aqui fica um desabafo mais realista, menos cor de rosa. É assim:


POUPEM POUPEM...

Crise três em pipa de assustar
poupem poupem
dizem os banqueiros descaradamente
os mais ricos
os bem pagos
que tão galhardamente
nos fizeram acreditar
na multiplicação dos pães
melhor
na multiplicação aritmética
geométrica
dos bens

sentia-se que os malabaristas
“incompetentes” economistas
tinham curtas vistas

nasciam produtos mais produtos
vender vender vender
faziam crer
que o último grito da moda
a novidade
era sempre possível de se ter

e o Zé pagode bom levado
crente
comprava pagava
endividava-se
dir-se-ia que coleccionava
o que a sociedade farta
lhe impingia

juntou-se o roto ao nu
com tal ciência
uns sem dinheiro para comprar
outros com produtos por vender

e a economia está o que se vê

puseram números estatísticas
no lugar das pessoas
agora nem há números
nem pessoas

há umbigos confundidos
que eles criaram
há desespero e medo
que geraram

mas também há
quem não se assuste com tão pouco
os que não tremem
por a queda se a houver
ser mais pequena

os que se habituaram a ver fartura
nos pomares nas hortas
nas searas
nas azedas nas amoras
nas refeições caseiras

na pródiga terra mãe
abandonada

pois se foi mentira
tanto dinheiro de plástico
e se o que estiver a haver
for um acerto
pois que o haja
mesmo que seja drástico

quem fez a cama que se deite nela
e que o tombo
a havê-lo
contemple à risca
os que pregaram
a farsa liberal capitalista.

Em "PORTUGAL PERIFÉRICO OU...O CENTRO DO MUNDO?" de António Esperança Pereira, Editora Bubok
http://lusito.bubok.pt
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Obrigado pela atenção
Continuação de um óptimo fim de semana,
António E. Pereira

quarta-feira, dezembro 15, 2010

NATAL NA ACREDITAR: COLABORE!


Faça do Natal da Acreditar uma quadra poética.
Por cada Livro ou Ebook adquiridos até ao final do mês de Dezembro o autor fará o donativo de 1 Euro à Associação Acreditar...
Informa-se que a Bubok editora oferece os portes para encomendas superiores a 90 euros
Consulte e confirme tudo na editora: http://www.bubok.pt ou…
Directamente no link do autor: http://lusito.bubok.pt
Mais se informa que a quem comprar três livros ou mais até ao montante de 90 euros, o autor pagará ele próprio os portes mediante apresentação da factura/comprovativo correspondente.

Porquê a ACREDITAR?
Abra este link e informe-se sobre o que é a ASSOCIAÇÃO:
http://www.acreditar.org.pt/
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Fica um poema que convida a alguma reflexão:

natal na cidade


Inverno frio vento
a chover
dez reis de apartamento
de cidade
a gemer

porque é natal
família perto outra de longe
tudo se junta
para comemorar

um de muletas
outro de maca
outro a barafustar
um outro para animar

família jovem
em boa vontade
já filha da cidade
fez jus em os juntar

lá fora chove
o frio aperta
o espaço encolhe

sem objectivo
culto esquecido
não há boa vontade
que aguente
tanta falta de sentido

ferve a comadre
o sogro ronca
a nora espirra

nos que conversam
cruza-se afronta com afronta

conversa inventada
doença por doença
muitas indirectas
de gente enfastiada

a um canto três crianças
uma a abrir prendas
outra rabugenta
outra ensonada

noite de natal
que por nada haver
de ritual
por já nem se falar
no menino Jesus
em vez de fazer bem
faz mal.

Em "VIDA SOBE E DESCE", António E. Pereira, Bubok editora
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Saudações afectuosas,

António E. Pereira

segunda-feira, dezembro 13, 2010

VIDA SOBE E DESCE

Alterações no pódio de vendas de meus livros no site da Bubok editora http://lusito.bubok.pt
primeiro e segundo lugares sem alteração

1. "PORTUGAL PERIFÉRICO OU...O CENTRO DO MUNDO?"poesia
2. "TEXTOS DISPERSOS DO EU" prosa
3ºs "DANÇA DA VIDA (Biodança)" poesia
e "VIDA SOBE E DESCE" poesia

A novidade no top 3 é a subida de VIDA SOBE E DESCE ao terceiro lugar

Celebrando o facto, seleccionei um poema deste livro. Aí vai:

O processo da vida é selecção


O processo de vida é selecção
o forte o fraco
o rico o pobre
o que insiste
o que desiste
o que fica de lado
sem qualquer hipótese

depois como tudo se repete
não é fácil a quem fica no chão
se levantar

ao que desiste
encontrar forças para recomeçar

ao menos o rio é sempre rio
porque ser rio já é ser alguma coisa
o resto ele não controla
a falta de chuva
o aumento de detritos
as alterações do seu caudal

e é assim que o rio continua
vive
sem se importar
porque o rio se habituou a aceitar
os naturais desequilíbrios
e a lidar
com a sorte que lhe vai saindo na rifa

ao invés de nós
que nos importamos demais
se calhar...
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Obrigado pela atenção e apoio.
Saudações afectuosas,

António E. Pereira

sábado, dezembro 11, 2010

ANGÚSTIAS DE UMA ADOLESCENTE



Com o título acima publiquei um documento interessante que pode interessar tanto aos pais de adolescentes, como aos professores, como aos próprios adolescentes...
São os tempos que antecedem o acesso ao ensino superior, a candidatura à Universidade.
Muito interessante mesmo.

SINOPSE:
Depoimento vivo e apaixonante que revela de uma maneira "sui generis" os tempos conturbados vividos por uma adolescente que precedem o acesso/ingresso ao/no ensino superior

Deixo um cheirinho com a INTRODUÇÃO ao livro, que pode ser também lida no meu link da Bubok editora em: http://lusito.bubok.pt
Clique no link e dê uma espreitadela;)

I.INTRODUÇÃO


Vivemos num mundo de comunicação TOTAL.
Por paradoxal que isto pareça, também é verdade que nunca as queixas de solidão foram tão dramaticamente evidentes…
Mundo complexo este em que vivemos onde cada vez com mais frequência mudam os factos e, com eles, a necessidade de encontrar explicações para as causas que se encontram na génese desses factos que provocam constantes e sucessivas mudanças.
Retiremos, no entanto, para ilustrar a imagem dos escritos contidos nas páginas que se seguem, a primeira parte do que acima se afirma:
“Vivemos num mundo de comunicação TOTAL”. Assim sendo é possível sentir o pulsar de alguém, os seus problemas as suas alegrias, também as suas angústias em qualquer parte do mundo.
Esta é mesmo a era da “comunicação” por excelência. Rádio, televisão, telefone, telefax, internet estão aí para confirmar isso mesmo. A sua implantação e evolução atingem desenvolvimentos espantosos em espaços de tempo mínimos.
E foi exactamente a INTERNET que possibilitou a recolha de desabafos espontâneos e sentidos sobre um tema que nos é muito caro:
“o ingresso no ensino superior”.
O realce vai para os dias e semanas, meses até que antecedem esse passo importante na vida de um/a jovem estudante na transição do ensino secundário para o ensino superior.
A alguns depoimentos anónimos que foram recolhidos tentou dar-se-lhes a consistência de um só.
Resultou assim uma espécie de “diário” real e verdadeiro das angústias sentidas por uma adolescente nesta transição.
Sendo que existe uma linguagem própria de quem utiliza a INTERNET e sabido que é crescente o número de pessoas que a entendem, tentou manter-se intacto muito do texto recolhido.
Até porque muitos símbolos, abreviaturas, etc. dão mais vida ao texto e podem ser indício de como se pode brincar com a língua portuguesa enriquecendo-a, adaptando-se ela própria (Língua Portuguesa) a novas gerações de utilizadores.
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Os meus parabéns se conseguiu ler a INTRODUÇÃO até ao fim, nem sempre há disponibilidade mental para tanto, eu sei o que isso é:)

Continuação de um óptimo fim de semana,

António E. Pereira

quinta-feira, dezembro 09, 2010

PORTUGAL PERIFÉRICO OU...O CENTRO DO MUNDO?



Uma obra poética que todo o português devia ler: 126 páginas de boa poesia na língua de Camões. Pode fazê-lo adquirindo o livro em tons de azul para a sua estante, como a foto ilustra, ou adoptar uma maneira bem económica em formato de Ebook no link do próprio livro:
http://www.bubok.pt/libros/2158/PORTUGAL-PERIFERICO-OUO-CENTRO-DO-MUNDO

Sinopse

Uma visão poética, também crítica, do Portugal moderno.
O autor enaltece a Portugalidade, a sua peculiar maneira de "estar no mundo".
Integrado hoje na Europa (União Europeia) Portugal tem contudo uma vocação mundialista.
Plataforma entre povos, equidistante entre Moscovo e Nova Iorque, tem ligações
afectivas, linguísticas, com todos os cantos do mundo.
Portugal, porto de saída e de entrada para as Américas, África, rota nunca fechada para oriente.
Portugal uma ponte de diálogo.
Portugal,
um país do extremo ocidente da Europa, de brandos costumes, também de
grandes feitos que, na geopolítica dos mares e dos continentes, está bem
no Centro do Mundo.
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Saudações afectuosas do,

António E. Pereira

terça-feira, dezembro 07, 2010

O SONHO DA CIDADE


Sem descurar a assistência aos TÍTULOS JÁ PUBLICADOS, a criatividade tem que continuar.
Com o título acima indicado, deixo uma das últimas criações poéticas: um tema bem actual e sério.
Versa a fuga dos campos para a cidade, consequente desertificação daqueles.
Há agora que repovoar esse interior sacrificado com tal sangria de juventude para o país ficar MAIS COMPACTO E COMPLETO.


O SONHO DA CIDADE


O lema era estudar
deixar cabras vacas e arado
trabalho árduo sementeira
poda adubos mãos com calos
grossas feridas na labuta

emprego seguro estava a dar

adeus campos searas e vinhedos
adeus aldeia lugarejo
pai mãe eterna serventia
chapéu taberna xaile e rugas
lenço preto avental

assim se partia nessa idade
jovens para não mais voltar

trocava-se tudo pela cidade
para estudar
ou trabalhar
um curso médio um canudo
um emprego pago e seguro

para trás ficavam pai mãe a namorada
a terra mais fria ainda
só e desolada
campo abandonado
cidade cheia

emprego liceu ou faculdade
por lá se fica
patrões a mais oferta a mais
a urbe cresce rompe
tal a concorrência tanta a universidade
surge o desemprego a flexibilidade

tudo começou em sonho a certa altura
filho deixando a lavoura
campo duro miragem da cidade
que levou a nova realidade

pois tanta inteligência agora concentrada
inteligência a mais a criar bolor
que seja aproveitada
que se leve Lisboa o Porto
ao interior

que regresse o sonho feito realidade
o riso a juventude a vida
aos cantos deixados tristes de morte
e abandono

porque teve que ser assim a dada altura
se roubou tanto a tanto canto
filhos a pais a namoradas
adeus imberbe em lágrimas choradas
que se leve agora em muito mel
a paga desse fel

que se devolva aos prejudicados
desse tempo com visão
homens mulheres de carne e osso
coração
o investimento em prosperidade
que se repovoe modernamente
o interior

sábado, dezembro 04, 2010

A seguir a Vladimir Putin vejo com agrado que o Papa Bento XVI também visitou o meu blogue. Ainda bem! a leitura do poema abaixo já deu frutos;)


No livro de entrevistas "Luz do Mundo", publicado no final de Novembro, Bento XVI tornou-se o primeiro papa a admitir a utilização do preservativo "em certos casos", "para reduzir os riscos de contaminação" do vírus da SIDA.

À questão "A Igreja Católica não é fundamentalmente contra a utilização de preservativos?", o líder da Igreja Católica responde: "Em alguns casos, quando a intenção é de reduzir o risco de contaminação, isso poderá ser um primeiro passo para preparar o caminho para uma sexualidade mais humana".

Segundo a ONUSIDA, estima-se que em Portugal existam 42 mil pessoas infectadas, estando mais de 22 mil em tratamento. A sida já fez pelo menos 25 milhões de mortes em todo o mundo.

Já é alguma coisa, digo eu, embora não seja suficiente para tirar actualidade e verdade ao poema que escrevi aquando da sua visita a Portugal ao santuário de Fátima e que intitulei de,

PAPA IMÓVEL

As pessoas querem respostas
as vilas as cidades
os países
inventários
breves entendíveis sérios
que respondam a necessidades

hoje fica estranho
com o saber que há
não fazer nada
ou fazer apenas
o que antes se ensinava
e se fazia

guardar no bolso
a possibilidade imensa
que se tem
fiel a preconceitos
ensinamentos de hierarquias
estáticas passadistas
fora de contexto

ao muito saber acumulado
há que somar
o saber acrescentado
há que agir
dar resposta adequada

se a terra gira
a gente tem que girar
com ela
deixar-se ir
no movimento

se tudo é um todo
é mais acertado evoluir
do que parar
ou pior que isso
regredir

instituições poderosas
de outra era
somem valores modernos
aos antigos
abram os olhos
olhem à volta em olhos
de hoje
que o que virem
quando os abrirem
pouco ou nada tem a ver
com o que pregam

por mais que valorize
meu primeiro rei
e sua espada
estou lúcido para entender
que sua grandeza agora
é história
que cada nova era exige
nova espada

se o grande rei
aparecesse aqui
de armadura e flecha
montado em alazão
enfrentando armas recentes
poderosas
inteligentes
armado em valentão

ficaria no mínimo
estranho caricato

como caricata fica
a postura
dogmática desadaptada
conservadora
da figura
do Papa.
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In "PORTUGAL PERIFÉRICO OU...O CENTRO DO MUNDO", António Esperança Pereira, Bubok editora http://lusito.bubok.pt
________________________________________
Obrigado pela atenção.
Saudações afectuosas para todos, do

António E. Pereira

quinta-feira, dezembro 02, 2010

POBREZA E ABUNDÂNCIA

Título de poema que vai liderando as preferências dos leitores deste BLOGUE http://minhapoesia.net, em alternância com MENINA DO BALEAL.
Curiosamente não acontece o mesmo com a aquisição dos livros que integram estes poemas, respectivamente "DEUS A VIDA E NÓS" e "AMOR PLURAL (E)TERNO FEMININO".
Chamo a atenção para os apreciadores de tais poemas que poderão adquirir os livros em: http://lusito.bubok.pt já com ISBN e registos.
De resto, em altura de Natal um livro é sempre uma boa prenda para oferecer a alguém ou... porque não, a si próprio.
Qualquer esclarecimento é só contactar-me.
Hoje não vou maçar a audiência com a hipótese de um livro meu ser traduzido para espanhol, ficará para uma próxima oportunidade.

Este o pódio de vendas de minhas publicações na Bubok editora:

1. "PORTUGAL PERIFÉRICO OU...O CENTRO DO MUNDO?"
2. "TEXTOS DISPERSOS DO EU"
3. "DANÇA DA VIDA (Biodança)"

Sem mais assunto de momento, para além de que a Rússia ganhou o almejado MUNDIAL 2018, deixando a candidatura luso espanhola a 6 pontos (?!) desejo a todos um bom início de Dezembro.

Saudações afectuosas,

António E. Pereira

Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...