
Se há alturas em que tudo aparece
a brisa a manhã a encherem de alegria o peito
um olhar inconsequente que se atira
para a vida
deliciado cheio de magia e de enfeite
tudo encaixa perfeito
na oportunidade no convite
na ambição na execução
tudo é terra semeada tudo mexe
tudo é grão e nos consola
o sangue aquece ferve
o mundo sente vibra aplaude
há cores de aparência bonita
em toda a parte
tudo irrompe se pinta de euforia
outras há em que tudo desvanece
o que era desaparece
fica ilusão andada
nada aparece que fale ao coração
um vazio de notícia
de atenção
de possibilidade de concretização
como que um qualquer tufão
levou o pomar sua fartura
e onde se sentia prosperidade
deixou rasto de semi-morte
cinza fragilidade
terra sem fruto sem sorte
porque a dualidade acontece
e se reflecte fora e dentro
de nós
em fluxo permanente
é preciso entender o movimento
os altos e baixos
as mudanças de humor tão naturais
e porque nada é fixo
e nunca os momentos são iguais
há que saber lidar com isso
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