
Ai ai aqui d’el rei
soa-me a isto
quando vem lá das Américas
wall street topo de gama
preocupação estranha
pelo crescimento em fama
do suposto pobre
Portugal vestido de negro
mão estendida
imagem feita antiga
hoje denegrida
fora de contexto
bata-se no triste
no elo frágil
pensam eles assim
perfidamente
lembrei ditado popular
que sempre ouvi contar
“rico chora
estranha
quando vê pobre
de camisa lavada
cabeça levantada”
agências de ranking
americanas e suspeitas
porque Portugal é Europa
e para enfraquecê-la
há que feri-la nos flancos
nas zonas mais a jeito
pare-se o tgv o aeroporto
o desenvolvimento
“Pobre” rumo a mais conforto
causa no rico
desconforto
mas também o povo diz
“que é no baixar de calças
que o rabo mais se vê”
eu acrescento…
não desistas Povo Português!
se construíste castelos
dilataste impérios
e com o tempo os perdeste
por ficarem velhos
ultrapassados
não foi em vão que os fizeste
foi antes trunfo
cartada nobre que jogaste
faça-se agora o mesmo
apesar de ventos sem feição
que a obra quando avança
dá empenho confiança
esperança
e as vozes de trovão
os invejosos temerosos
depois de vê-la feita
hão-de render-se a ela
vivê-la
ou por razão estreita
caturrice por opção
morrerão
por já não entendê-la
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