
Tempestade adormecida
que não esquecida
o sangue ferve na manhã adversa
ficam os nervos sem controle
angústia aperta
voam pelo ar objectos
insultam-se os amantes
cresce o azedume
na cabeça perdida
pelo ciúme
num respirar a folgar o coração
olhando o fora do apartamento
quase implorando
clamando
solução
um intervalo na tensão…
em vez de clareira sol
azul celeste
há nuvens negras baixas
temporal
um carregado tão agreste
que não indicia saída
para este mal
parece irremediável
a situação
mentes perdidas
divididas pela razão…
até que um ruído irrompe
ecoa
e a campainha do prédio soa
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o carteiro um pedinte
um furtivo rapazola a passar
alguém interrompe
como por milagre
o vendaval
também o céu começa a clarear
pondo um raio de luz
discernimento
rompendo a angústia do lugar
recua a fúria no espaço
no movimento
acalmam-se as vozes dos amantes
a luz que não havia antes
e que entrou
como por encanto
quando a campainha tocou
canalizou
um cansaço brando
um cone de céu
que os acalmou e reconciliou
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