segunda-feira, janeiro 11, 2010

desemprego


Em solidão expectativa
desolado
não importa a idade
que vazia fica a vida
do desempregado

a noite mais comprida
o frio mais gelado

há medo
medo amigo
que faz reagir
partir fugir
para um abrigo

pode ser vício ócio
fuga escape
tudo é melhor
que suportar o tédio
o cheiro a morte

só que o medo é cego
pode alimentar
um outro mal
que não se quer

faz reagir
mas nada resolve só por si
por se fugir

para vencer a condição
de quase marginal
“à beira do abismo”
desta chaga social
há que intervir

qualquer cidadão
só pode ter alma
quando se sente
em vez de excluído
em inclusão

pois que em vez de tédio
que haja esperança
que viva o emprego
a ocupação

para o bem geral
que se cultive
com perseverança
o Estado social

Sem comentários:

Enviar um comentário

Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...