quinta-feira, agosto 20, 2009

amor vulcão


No começo peito aceso em fogo
qual vulcão prenhe de lava
uma explosão fechada
em sítio tão pequeno
acomodada

por tão pequeno ser
para tanto fogo
tem de arrebentar abrir
semear encosta abaixo a bruta força
para abrandar

abranda o ardor a lava arrefece
passado um tempo
tanto lume incandescente
tanta fúria de dragão cuspindo
mata real em chamas
logo se apaga murcha amaina
acalma fenece

com o amor também é assim
vendaval emoção calor insuportável
um tempo quente quente
força paixão no pico
coração mais coração
esquecido por entregue
e enlouquecido

depois com o mudar das estações
os outonos os invernos
vai arrefecendo fica acomodado frio
quase inerte morto

amor vulcão cume na ardência
da paixão
por transformado no tempo
manso apagado
até parece que mudou
de coração

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