terça-feira, julho 07, 2009

o jardim que habito


Sinto que a coragem se me escapa
no adeus a alguém
que fez sentido
que foi ilusão de uma fogueira
elixir terna companhia

de repente…
como da noite para o dia
passado ido
memória fugidia

tudo se esgota morre
como se o que vemos que sentimos
que amamos que tocamos
não passasse de alimento emoção
e logo depois descrença
desilusão
saudade

vale-me na ocasião
ter um pé no abismo outro no chão
esgoto a raiva acumulada
com a mal digerida situação
arrancando a grande velocidade
corro corro corro
até mais não

até cansar desfalecer
embater
com o pensamento na solidão
do quase fim

enfim cansado
aceito que tudo faz parte
que tudo faz sentido
embora o aceite com dificuldade

fico só e fraco um tempo
a barba cresce o apetite desce
mas logo reanimo o alento
e encontro paz na realidade perto

no templo que sou que é meu abrigo
na vitória que sou em geografia
“o meu espaço”
de tal maneira único e divino
que não há amor nem desamor bastantes
que me esgotem no jardim que habito

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