domingo, março 16, 2008

neste mar de oxigénio

Nas coisas do amor não há linguagem
o calor o ardor
são alma coração entrelaçados
o corpo arfando respirando
fraquejando animando

aperta suspira rola desenrola
encaixa acelera
fecha abre respira
e não respira
sufoca morre para renascer
de seguida

ah meu deus
se isto durasse sempre
o enlace uno total fundo
esta união que se sente
e não se sente
que embala e que cola
que nos põe longe tão fora
de tão perto e dentro que estamos

se se pudesse ser náufrago assim
neste mar de oxigénio
de suspiro
alimento coração aberto
onde se está tão completo

se a mente não fosse necessária
para ganhar os tostões da vida
e com a sua inteligência
não atrapalhasse

sineta da aula difícil
ordem do chefe repetida
a anunciarem inexoravelmente o fim da festa

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