
As palavras da tua boca
ora atiram
ora tiram oxigénio
ângulos apertados gritos surdos
que nos incomodam tanto
nos avanços e recuos que enfrentamos
lutas tréguas
batalhas importantes
sons manifestações
quartos exaustos de solidão
que fome que há de colo bom
branquinha flor de amendoeira
naprons bordados pelas mãos de nossa mãe
depois o tempo que se esgota
nos teus lábios agradáveis ao falar
que eu de agradado
sinto só deles um silêncio rosado
movimento espelho de alma doce
que o meu coração sabe ler tão bem
quero-te tanto em superior entendimento
que em tanta impossibilidade
até me apetece ser reles
fraco
deitar-me na soleira da porta
no banco do jardim
para não parecer mal e estranhar-se
eu sair da boa educação
depois dizer-te sem papas na língua
com as palavras todas
feias porcas obscenas
o que realmente apetece dizer
e a boa educação não deixa
ora atiram
ora tiram oxigénio
ângulos apertados gritos surdos
que nos incomodam tanto
nos avanços e recuos que enfrentamos
lutas tréguas
batalhas importantes
sons manifestações
quartos exaustos de solidão
que fome que há de colo bom
branquinha flor de amendoeira
naprons bordados pelas mãos de nossa mãe
depois o tempo que se esgota
nos teus lábios agradáveis ao falar
que eu de agradado
sinto só deles um silêncio rosado
movimento espelho de alma doce
que o meu coração sabe ler tão bem
quero-te tanto em superior entendimento
que em tanta impossibilidade
até me apetece ser reles
fraco
deitar-me na soleira da porta
no banco do jardim
para não parecer mal e estranhar-se
eu sair da boa educação
depois dizer-te sem papas na língua
com as palavras todas
feias porcas obscenas
o que realmente apetece dizer
e a boa educação não deixa