quarta-feira, dezembro 05, 2007

frágil e sozinha


De branco vestida
curtas roupas na cintura
no decote
no macio liso das perninhas
frágil e sozinha

num mundo intenso de consumo
rosa morango fome de comer
nesta solidão maior
de desejo de frescura
acicatado pela tv

também por sonhos de modelo
já se vê

que loucura menina
andares assim aqui
que risco desafio
que arrepio

há muita gente aqui
homens que passam
que olham para ti
que te desejam

lembras pintainho perdido
da ninhada de sua mãe

quem te apanhar assim
branca ingénua e verde
ou vai ficar doido de feliz
ou vai meter-se num sarilho
dos diabos

e meter-te a ti

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