O Diretor Executivo da RENA - Associação das Companhias Aéreas em Portugal, António Moura Portugal, considera "muito bem-vinda" a proposta feita pela Comissão Independente para a localização do novo aeroporto, para uma solução transitória até à construção de um novo aeroporto.
No entanto, António Moura Portugal espera que o Estado faça a sua parte e tenha margem no contrato de concessão com a ANA para exigir que o concessionário faça esses investimentos, à semelhança do que já aconteceu noutros países onde se verificou a mesma necessidade.
Sobre a construção de um novo terminal lembra que não é por decreto que uma certa companhia vai para determinado terminal, será necessário que a infraestrutura seja atrativa nomeadamente ao nível do preço.
O responsável da RENA diz que, neste momento, as companhias estão a operar com "a corda no pescoço" dado que qualquer falha operacional obriga a reafectar recursos porque o aeroporto está congestionado e com uma ocupação acima do desejado. Também por isso há companhias que gostariam de voar ou reforçar a sua operação para Lisboa e não o fazem, porque o aeroporto Humberto Delgado não tem capacidade
Relativamente ao novo aeroporto, a RENA não toma posição, ainda assim António Moura Portugal concorda com o CEO da TAP quando recentemente manifestou não ser aceitável ter um aeroporto no centro da cidade.
Já quanto à privatização da TAP, António Moura Portugal considera que é a melhor opção para a companhia num mercado que tem vindo a sofrer um processo de consolidação e onde as companhias de menor dimensão terão muita dificuldade em sobreviver sozinhas.
Nesta entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, o Diretor Executivo da RENA insurgiu-se ainda contra o pagamento da taxa de carbono pelas companhias aéreas em Portugal não só porque as metas da União Europeia à descarbonização podem implicar perda de competitividade, mas sobretudo porque a taxa reverte para o Fundo Ambiental e não é aplicada em nada que realmente ajude o sector ou a uma mudança de comportamentos. António Moura Portugal diz que se trata de "uma taxa turística rebatizada como taxa de carbono, mas que de carbono e ambiental não tem nada só o nome". Espera por isso que esta situação se altere.
Já sobre a proposta da ANA de aumento em quase 18 por cento das taxas no aeroporto de Lisboa em 2024, o diretor executivo da RENA adiantou que a IATA e RENA já entregaram à ANA a sua posição, criticando o aumento. "O que nós contestamos é que são aumentos atrás de aumentos e que não tem a mínima contrapartida com os investimentos naquilo que para nós é relevante que é a infraestrutura". Por isso, a RENA considera o aumento das taxas no aeroporto de Lisboa proposto pela ANA "inadequado e despropositado" levando a que o destino Portugal seja menos competitivo.
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UM PAÍS SUBMISSO - PORTUGAL DA TROIKA | António Esperança Pereira (bubok.pt)
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