Nota breve do autor do blog: Não queria deixar passar um dia tão importante como o "Dia internacional da Mulher" sem postar qualquer coisa a propósito no blog. Lembrei-me de um poema que dediquei à minha mulher e, muito embora a ela seja especialmente dedicado, quero com ele lembrar também todas as mulheres e as suas lutas.
A real valia delas é inquestionável. As mulheres são fantásticas. Merecem o seu lugar de pleno direito nas sociedades globais.
Pois que continuem a lutar pela igualdade de oportunidades, pelo salário igual por trabalho igual, pela não violência doméstica, contra a discriminação de género, etc etc.
Dito isto, fica o poema:
A minha mulher
São
anos de crescer com as mãos dadas
Numa
corrida com o tempo que não para
São
pormenores que se perdem na lonjura
São
histórias são contos de ternura
Numa
convivência sã que é coisa rara
Quis
a vida que ambos descobríssemos
Numa
forma de amar que precisávamos
Um
ninho que acolhesse dois meninos
Eu
e tu onde ambos caminhássemos
Em
convívio mais feliz que o que víramos
Escrevo
isto no dia em que fazes anos
Deixando
escapar uma certa nostalgia
Evoco
um caminho de poucos desenganos
Um
viver bom que devo à tua companhia
Onde
não têm expressão escassos danos
Que
a vida te guarde e te dê tudo
Pelo
dom de te dares que ninguém tem
Que
te dê a troca grada que mereces
Um
amor vestido de cambraia e de veludo
Uns
corações que só de os veres enterneces
Que
te dê o mar e o sol e as estrelas
O
rio grande que engrandece a tua terra
Esse
rio Tejo Belém das caravelas
Que
embalou teu suave nascer e encerra
O
segredo por gostares de histórias belas
Podia
continuar mas fico por aqui
Não
é fácil versejar arrumar palavras
Pô-las
no sítio certo escolhidas para ti
Não
as há nem sou poeta com as garras
De
pôr-te em poema num pedestal aqui.
António E. Pereira
Nota: Podem visitar-me aqui:
Poemas deste mundo e de outro | António Esperança Pereira - Bubok
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