domingo, agosto 30, 2020

DGS não vai revelar parecer sobre a Festa do Avante.

 


Swipe News, SA Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, dgs

Marcelo Rebelo de Sousa criticou a Direção-Geral de Saúde (DGS) por, a cinco dias da realização da Festa do Avante não ter ainda divulgado o parecer com as regras sanitárias para o evento. A DGS respondeu ao Presidente da República, mas não revela as medidas pedidas ao PCP. Diz que cabe aos comunistas fazê-lo.

Depois de Marcelo ter criticado o facto de “a cinco dias da realização do evento, não se conhecerem as regras sanitárias”, acrescentando que “isto não é bom para o organizador também, que não conhece as regras, e não é bom para a credibilidade” do país, a DGS emitiu uma nota a explicar que o parecer já foi entregue.

“A organização da Festa do Avante solicitou à DGS um parecer técnico para a realização da habitual Festa do Avante, cuja versão final foi hoje entregue à organização, tal como estava previamente previsto”, disse a entidade liderada por Graça Freitas, salientando que para este parecer “foram realizadas várias reuniões para adequar a organização do evento às medidas de Saúde Pública inerentes ao contexto da pandemia”.

Salientando a “multivariedade da componente social do evento”, e reforçando que o “parecer final foi hoje entregue à Organização da Festa do Avante”, a DGS rejeita o pedido de “clareza” do Presidente.

“A DGS não divulgará o conteúdo deste parecer, à semelhança de todos os pareceres técnicos entregues até ao momento, cabendo à entidade organizadora fazê-lo, se assim o entender”, remata.

Recorde-se que DGS enviou o primeiro parecer técnico sobre as regras de higiene e segurança a aplicar durante o evento ao PCP. O partido não tornou público esse primeiro documento por ser específico para um evento, neste caso a 44.ª edição da Festa do Avante, que se realiza de 4 a 6 de setembro.

Fiquem bem, cumprindo as regras da Direção Geral de Saúde

https://www.bubok.pt/livros/12610/Poemas-deste-mundo-e-de-outro

quinta-feira, agosto 27, 2020

Um par de namorados

 


Nota breve do autor do blog

Hoje ao rever mais alguns escritos para o trabalho que estou a fazer, recordei entre eles alguns de outras épocas como é natural.

O que hoje publico aqui no blog data de um período que podemos chamar de: "auge do Parque das Nações". Devo confessar que houve uma altura em que quase me viciei em frequentar aquela "modernidade" de Lisboa.

Era agradável, cosmopolita, diversificado, moderno, bonito o Parque das Nações. Sentia-me bem quando lá ia.

Fica por isso um poema inspirado numa realidade que "vi acontecer" por mero acaso. Que depois redigi e integrei no livro que dá pelo nome: AMOR PLURAL (E) TERNO FEMININO. 

O livro pode ser visto clicando no link:

https://www.bubok.pt/livros/2377/AMOR-PLURAL-E-TERNO-FEMININO

Oxalá gostem.

Um par de namorados



Varanda sobre o Tejo
envolta em pinheirinhos
a turista oriental
bebendo o sítio Lisboa paraíso
disparando sem cessar fotografias
um atleta correndo
energizando o passeio ribeirinho

em jardins ornamentados
de meninos
um comboio amarelinho serpenteando
percorria
parque das nações século XXI

desligado do circundante transbordar diversidade
entretido abraçado e dado
um par de namorados aos beijinhos

fixei-me neles
e reparei
que havia um avançar da tradição
já nem tudo era proibido em pública alameda
o não se faz
o tem cuidado
o parece mal de antigamente
não faziam sentido nenhum
nem era debochado o que se via

pois à medida que aqueciam
e se tocavam
que o calor no rosto e no corpo apertava
com subtileza ele e ela encostadinhos
revelavam educação

sempre que se apertavam mais
olhavam
ele aproveitava enquanto olhava
abria o casaquinho e tapava
os braços nus e mãos pendentes dela

e quando chegara função momento certo
os olhos deles certificaram
preocupação
um lado o outro lado
para não incomodar

foi então como por milagre
que o trânsito de gente fez clareira no local
uma pausa total

houve um trovão
vertendo em relâmpago clarão
rubor envergonhado feliz apaixonado
e tal como em ambiente carregado tempo trovoada
que tudo fica quedo tenso até que a chuva irrompa
assim ali aconteceu

depois o temporal passou
e o barulho vulgar do sítio
os transeuntes
os gritos de crianças
voltaram ao habitual
como se tudo apenas tivesse feito uma pausa necessária.

AEP/ In https://www.bubok.pt/livros/2377/AMOR-PLURAL-E-TERNO-FEMININO


terça-feira, agosto 25, 2020

Reguengos de Monsaraz e alguns mal-entendidos

 


António Costa e Miguel Guimarães reuniram-se na manhã desta terça-feira a pedido do bastonário da Ordem dos Médicos com o objetivo de sanar o "mal-estar" entre o Governo e a classe motivado pelo surto de Covid-19 no lar de Reguengos de Monsaraz.

"O senhor primeiro ministro transmitiu-me de forma clara aquilo que é o respeito e a confiança que tem pelos médicos portugueses, aquilo que espera dos médicos nesta época e sempre, e deixou uma palavra também aos representantes da Ordem dos Médicos daquilo que é a valorização do trabalho destes profissionais", começou por dizer Miguel Guimarães à saída da reunião com António Costa que durou cerca de três horas. 

"Conversa muito franca e útil"

António Costa, por seu turno, agradeceu a "conversa muito franca" e "útil" que teve com o bastonário, quer sobre "o contributo que a Ordem tem dado, quer também para trocarmos informações sobre aquilo que tem sido a atuação do Estado do SNS para responder à pandemia". "Mereceu natural atenção a situação que diz respeito aos lares", frisou o chefe do Executivo, sublinhando que esta é uma realidade "que não é nova na sociedade portuguesa".

"Como é sabido, uma das prioridades da reforma do nosso sistema passa pelo desenvolvimento da rede de cuidados continuados integrados, pelo desenvolvimento dos programas de assistência domiciliária (para reduzir o grau de institucionalização), e este é um problema que temos que olhar coletivamente", no trabalho de parceria com IPSS, Misericórdias, onde "a colaboração da OM é absolutamente essencial", referiu, destacando que este é um debate "tão mais urgente quanto útil fazer" no país.  

"Claro que não podemos nunca confundir as árvores com as florestas", prosseguiu António Costa, referindo quer em relação à atuação dos médicos, quer dos lares, quer do Estado. "Sobre casos concretos, as instituições apurarão a informação que já está disponível". 

Fiquem bem, cumprindo as regras da Direção Geral de Saúde

https://www.bubok.pt/livros/12610/Poemas-deste-mundo-e-de-outro

quinta-feira, agosto 20, 2020

Pequenos nadas


Continuo a descobrir tanta e tanta coisa escrita que já ia esquecendo. E vou palmilhando canto a canto, livro a livro as muitas coisas que fizeram momento de escrita e de inspiração. Vou neles fazendo ressaltar e dando vida a pormenores que merecem ser relevados. 

Vale a pena!

Hoje recordo um poema de algum otimismo, justamente a valorização dos pequenos nadas que acontecem na vida de cada um. 

E que são tão importantes!

Aproveito para agradecer os "pequenos nadas" da minha vida, que foram muitos, acontecidos no momento certo, na altura em que foram suficientes para me encorajar e fortalecer q.b. a vida.


Pequenos nadas

 

Há atitudes que nos mudam

pequenos nadas

que podem pôr luz na noite achada

um olhar que não julga

que encoraja

um aceno breve de passagem

de alguém que nos viu

e sem pedir nada nem ter medo

antes de partir

naquele parque de estacionamento

betão escuro de cansaço

cimento baixo

sorriu

 

aquela força que uma voz deu

quando se ouviu

na altura certa

“vamos” “dá-lhe” “vai”

e a gente que já desanimava

não acreditava no sucesso

da jogada

perdia mais do que ganhava

na vitória que fugia…

 

pela coragem dada

pela palavra

pelo “estou aqui” de alguém

a gente arreganhou-se

a gente foi

a gente deu

a gente acreditou sorriu

cerrou os dentes continuou

 

venceu

 

colosso de vida palmilhada

hoje aqui

vos digo eu

do sítio onde estou

que muito deve tamanha caminhada

à força dada

por pequenos nadas.


AEP/

In https://www.bubok.pt/livros/3080/60-POEMAS-POR-ORDEM-ALFABETICA


quarta-feira, agosto 19, 2020

Greta Thunberg pede taxa de carbono obrigatória

 

Greta Thunberg, a jovem sueca mentora do movimento 'flight shame' (vergonha de voar) lidera um grupo de ativistas que esta quinta-feira se vão encontrar com Angela Merkel, chanceler da Alemanha que assume a presidência do Conselho Europeu em sistema rotativo, para propôr uma série de medidas de combate às alterações climáticas, tema relativamente ao qual o mundo continua "em negação".

Os ativistas liderados por Greta Thunberg vão pedir a Merkel que se parem todos os investimentos e subsídios envolvendo combustíveis fósseis, e que se crie uma taxa obrigatória de carbono anual, com base no estado da ciência neste campo, segundo avança o "Guardian" esta quarta-feira.

Dois anos após ter iniciado o movimento de vergonha de voar de avião, pelas emissões de carbono geradas, Greta Thunberg adverte que este tempo foi perdido na tomada de medidas que se perfilam urgentes para tentar reverter as alterações climáticas, e frisa que as pessoas continuam "inconscientes" e na "ignorância" relativamente a esta grave questão.

"Olhando para trás, nos últimos dois anos muito aconteceu, muitos milhões de pessoas vieram à rua... e a 28 de novembro de 2019 o Parlamento Europeu declarou emergência climática e ambiental", escreveu Greta Thunberg num artigo publicado no jornal "The Guardian", em co-autoria com outras ativistas, Luisa Neubauer, Anuna de Wever e Adélaïde Charlier.

"Mas desde os últimos dois anos o mundo também emitiu mais de 80 mil milhões de toneladas de dióxido de carbono. Assistimos a desastres naturais contínuos à volta do mundo. Muitas vidas e formas de sustento foram perdidas, e isto é apenas só o começo", avisa Greta Thunberg.

Thunberg alerta que os líderes mundiais "ainda estão em negação quando toca à tomada de ação. O fosso entre o que precisamos de fazer e o que está a ser feito está a aumentar a cada minuto. Efetivamente, perdemos mais dois anos cruciais com esta inação política".

Os países mais ricos têm de parar as suas atividades mais poluentes neste combate face à emergência climática, defende ainda Greta Thunberg e o seu grupo de ativistas.

"No entanto, é um facto que muitas pessoas se recusam a aceitar", frisa Thunberg, citada pelo "Guardian", explicitando que "só o pensamento de estarmos numa crise tão grande para a qual não se vê saída, cria uma espécie de curto-circuito mental a nível coletivo. Este misto de ignorância, negação e inconsciência é que está no coração do problema", adverte.

Fiquem bem, cumprindo as regras da Direção Geral de Saúde

https://www.bubok.pt/livros/12610/Poemas-deste-mundo-e-de-outro

domingo, agosto 16, 2020

A Festa do Avante! esperança e segurança, promete Jerónimo de Sousa

 


Vila Real de Santo António, Faro, 15 ago 2020 (Lusa) – O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, garantiu hoje que o partido não faz a Festa do Avante por questões financeiras, mas para dar um sinal de esperança e de convivência em segurança face à pandemia de covid-19.

“Não se faz a Festa [do Avante!] para garantir o privilégio ou ganhos financeiros, como caluniosamente se insinua. A Festa, no contexto político excecional que vivemos, tem uma importância e um valor acrescido na afirmação da nossa vida democrática e o seu êxito será um contributo para a luta do nosso povo, para combater o medo e a resignação”, afirmou Jerónimo de Sousa, num jantar comício em Vila Real de Santo António, no Algarve.

O dirigente comunista assegurou que a Festa do Avante é “necessária para dar esperança e confiança na luta pelo futuro”, e lamentou que haja “quem queira dar passos no ataque a direitos e liberdades fundamentais” dos portugueses e dos trabalhadores.

“Há quem esteja muito interessado no alimento de forças obscurantistas e tudo agarre como pretexto para esse fim”, criticou, sublinhando que “há quem fomente o medo” e queira ver os trabalhadores "resignados, porque isso serve os seus interesses de classe, os grandes interesses económicos e financeiros que querem ter campo livre para impor as políticas de retrocesso económico e social e de domínio a que aspiram”.

“Saberemos preparar a Festa com as medidas de proteção necessárias”, afirmou, destacando que será “uma Festa que se reinventa com mais espaço, mais soluções, mais organização, mais medidas de proteção e medidas suplementares de higiene e limpeza, e com um conteúdo político e cultural sem paralelo na vida nacional”.

Jerónimo de Sousa espera que a Festa do Avante seja um local “da amizade, da solidariedade e da fraternidade para dar confiança à vida, à ação e à luta dos trabalhadores e do povo”, e deixou uma palavra aos residentes no Algarve para, “nestes tempos complexos e difíceis”, continuarem “a intervir e agir em defesa dos trabalhadores e das populações”.

O secretário-geral do PCP lembrou que o comício jantar em Vila Real de Santo António substituiu o habitual almoço convívio que se realiza em 15 de agosto em Monte Gordo, mas sublinhou que o partido “não desistiu” de fazer esta ação, embora por questões sanitárias tenha mudado o encontro para a Praça Marquês de Pombal, cumprindo as normas de segurança necessárias.

“Não, não desistimos, nem podemos desistir sejam quais forem as circunstâncias. Havemos de encontrar sempre as soluções, tomando as medidas que se impõem, nomeadamente as da salvaguarda da saúde”, afirmou.

Jerónimo de Sousa acrescentou que, tal como o partido não desistiu desta iniciativa, “tomando as medidas de proteção necessárias”, assim “se fará também com a Festa do Avante!”.

PCP anunciou na sexta-feira que vai limitar a entrada na sua anual Festa do Avante! a um terço da capacidade total, ou seja, para cerca de 33 mil pessoas, em virtude do contexto de pandemia.

O espaço de 30 hectares das Quinta da Atalaia e do Cabo da Marinha, na Amora, vai proporcionar cerca de nove m2 para cada militante ou visitante, entre 04 e 06 de setembro.

Em comunicado, os comunistas, que têm estado em contacto com a Direção-Geral da Saúde nos preparativos para o seu 44.º certame, garantiram “toda a responsabilidade” e “condições” para o “usufruto em tranquilidade e segurança”.

No mesmo dia, a Direção-Geral da Saúde indicou, em nota de imprensa, que o plano de contingência do PCP para a Festa do Avante vai ser “analisado tecnicamente" nos próximos dias.

MHC (HPG) // MLS

Lusa/Fim

Fiquem bem, cumprindo as regras da Direção Geral de Saúde

https://www.bubok.pt/livros/12610/Poemas-deste-mundo-e-de-outro

quarta-feira, agosto 12, 2020

Depressão e COVID19


Nota breve do autor: 

Em tempo de COVID19 e à medida que caminho nos meus poemas tentando descobrir pormenores neles, vou lendo coisas escritas de que por vezes já nem me lembrava.

Tantas palavras jorradas. Tantos pormenores, tantas realidades e ilusões diferentes. E por tudo o que vou passando, apenas colho, para o que pretendo, detalhes que possam ser isolados do todo, de um ou outro poema. 

Todavia, tal recolha obriga-me a correr praticamente tudo. Um trabalho que não pensava fazer e que me está a obrigar a mergulhar numa parte de mim que é bem mais ampliada do que eu próprio imaginava.

Passei por este poema que hoje publico, que faz parte do livro "60 Poemas por ordem alfabética" e não resisti a publicá-lo aqui. 

Tem muito que ver com os tempos que vivemos agora pelas razões de todos conhecidas.

https://www.bubok.pt/livros/3080/60-POEMAS-POR-ORDEM-ALFABETICA


Depressão

 


Que parado tudo fica

o tempo a alma a novidade

parece céu carregado

um bafo quente

tudo adiado

folhas paradas

sem pinga de vento

de qualquer quadrante

os animais acoitados calados

temerosos

à medida que a tensão aumenta

 

a natureza resolve um tal impasse

indecisão carga tensão

cruzando os ares de raios

trovoada

vertendo água em enxurrada

nas ruas nos campos com detritos

ás vezes cheias com estragos

deixando tudo de pantanas

 

depois passa

após a carga tensa densa

aliviada

 

os humanos não

atrofiamos complicamos

deprime-se no impasse

abrimos a boca não falamos

queremos sentir e não sentimos

queremos gritar e não gritamos

 

como que ficamos com o impasse

entalado nas vísceras nas entranhas

e quase endoidamos

 

normalmente a situação passa

porque algo acontece

e alivia a dor

um remédio uma ida ao médico

o cento e doze um amigo

uma terceira pessoa que aparece

que nos corta o sério

e nos conforta

 

só assim em nós o movimento

feito estático denso grave

desencrava desvanece perde força

enfraquece passa

 

sem se ficar naquele impasse naquela ameaça

uma quase loucura que aparece

grassa

e a dada altura até parece

querer instalar-se para sempre

terça-feira, agosto 11, 2020

Da Rússia com amor: a primeira vacina, venha a "Sputnik V".

 


A vacina russa contra a covid-19, cujo registo foi esta terça-feira anunciado pelo Presidente, Vladimir Putin, chama-se "Sputnik V", vai começar a ser fabricada em setembro e já foi encomendada por 20 países.

De acordo com fontes oficiais russas, "20 países já pré-encomendaram um milhão de doses da vacina russa".

"Mais de um milhão de doses" já foram pré-encomendadas por "20 países estrangeiros" disse Kirill Dmitriev, presidente do conselho de administração do Russian Direct Investment, o fundo soberano russo envolvido na investigação científica e no financiamento das pesquisas.

A vacina contra o SARS CoV-2 desenvolvida pelos cientistas russos chama-se "Sputnik V" (o "V" significa "vacina") em referência ao satélite soviético, o primeiro aparelho espacial a ser lançado para a órbita do planeta Terra, disse hoje Vladimir Putin.

O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou hoje que a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a registar uma vacina contra o novo coronavírus.

"Esta manhã foi registada, pela primeira vez no mundo, uma vacina contra o novo coronavírus", disse Putin durante uma reunião com membros do governo russo.

De acordo com o chefe de Estado, a vacina russa é "eficaz" e superou todas as provas necessárias assim como permite uma "imunidade estável" face ao covid-19.

Putin acrescentou que uma das suas duas filhas já recebeu uma dose da vacina e está a sentir-se bem.

"Ela participou na experiência", disse Putin, afirmando que a filha teve um pouco de febre "e foi tudo".

O Ministério da Saúde russo afirmou que uma dupla inoculação "permite uma imunidade longa", que poderá durar "dois anos".

No entanto, muitos cientistas no país e no estrangeiro questionaram a decisão de registar a vacina antes de os cientistas completarem a chamada Fase 3 do estudo.

Essa fase por norma demora vários meses e envolve milhares de pessoas e é a única forma de se provar que a vacina experimental é segura e funciona.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu com cautela a notícia de que a Rússia registou a primeira vacina do mundo contra a covid-19, sublinhando que deverá seguir os trâmites de pré-qualificação e revisão definidos.

"Acelerar o progresso não deve significar comprometer a segurança", disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, numa conferência de imprensa, acrescentando que a organização está em contacto com as autoridades russas e de outros países para analisar o progresso das diferentes investigações em curso relativamente de vacinas.

Dmitriev condenou hoje os "ataques mediáticos coordenados" contra a vacina russa, que disse visarem "desacreditar e dissimular a justeza da abordagem russa".

"A segurança e a saúde das pessoas comuns" foram "tomadas como reféns por divergências políticas", disse.

A pandemia de SARS CoV-2 já provocou mais de 733 mil mortos e infetou mais de 20 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

Fiquem bem

https://www.bubok.pt/livros/12610/Poemas-deste-mundo-e-de-outro
 

domingo, agosto 09, 2020

Na mesa do restaurante


Dando seguimento àquele trabalho que venho fazendo, de recolher e compilar alguns excertos de palavras ditas nos meus escritos, claro que vou lendo e relembrando muita coisa que já escrevi.

Algumas dessas coisas que leio estão mais presentes, outras nem tanto.

É o caso deste poema incluído no livro "Vida sobe e desce", de que mal me lembrava. A sua escolha para o publicar hoje aqui no blog, decorre do facto de se ter tratado de mais uma situação real que aconteceu comigo.

Uma situação, aliás, que pode acontecer a qualquer um! 😏

 https://www.bubok.pt/livros/2325/VIDA-SOBE-E-DESCE


Na mesa do restaurante

  

Estou aqui e estou ausente
tropeço no pé da mesa
em que almoço
acontece um estardalhaço
quando a mesa treme
e tomba o delgado e alto copo de cerveja

acordo no alvoroço
regresso da distância
e vejo olhos de outras mesas circundantes
fitarem-me
oblíquos frios acusatórios

olhos que acolhem em coração
um gato triste um cão abandonado
mas a mim talvez por ser humano
e não ser perfeito como eles não são
não perdoam um deslize
um simples tropeção

solícito acorre o empregado
mudando o lugar alterado
com pequenos estilhaços de vidro
mais o derrame húmido da cerveja

acabo a refeição intimidado
pior
esvaziado
entre a ausência inicial de ali
interrompida
e uma presença no momento ali
indesejada.


In,  https://www.bubok.pt/livros/2325/VIDA-SOBE-E-DESCE 

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

quinta-feira, agosto 06, 2020

A pomba que ajudei a salvar

 

Estou a fazer um trabalho interessante com os meus poemas. Trata-se de recolher partes dos mesmos que possam servir de "focos", de "tarjetas", não sei bem o termo. Uma espécie de compilação que resultará em fazer ressaltar partes desses poemas. Uma espécie de mensagens, pensamentos, afirmações, e assim por diante.

Parece-me interessante. 

Entretanto, ao mesmo tempo que faço esse trabalho, vão-me aparecendo poemas que já são para mim como que uma quase descoberta. Hoje publico um, uma história verídica passada comigo. Achei piada ao ler. Alguma comoção até.

Tive dúvidas de publicar este ou outro qualquer. Mas calhou a sorte a este que pertence ao livro "Vida sobe e desce". https://www.bubok.pt/livros/2325/VIDA-SOBE-E-DESCE

Oxalá gostem.

Domingo na cidade

  

Deliciava-me em passeio de domingo
com coisas pormenores
que fogem á rotina
pela labuta pela pressa
correria ininterrupta
azáfama diária de uma cidade como esta

uma atenção punha-a no que via
outra nos pés do chão incerto
que descia

mal vi um táxi parar na fina rua
bem pertinho a travar
que me fez entrar em vão de escada
para dar lugar á exígua rua
ao carro enorme
que no pequeno espaço agigantava

na frente dele
uma pomba desengonçada
em vias de ser atropelada
essa a razão porque o táxi travara

logo colaborei na situação
enxotando a ave com denodo
aplicação

de tal forma lhe berrava (à pomba)
gesticulava
que de turista manso de domingo
passei a parecer a quem me visse
um soldado bravo
um lutador apaixonado

ela afastava-se do perigo
caminhava
depois não
voltava
como a colaborar no sim à vida
depois desinteressada a dizer não

aquele táxi gigante não a assustava

apesar desta vez ficar a salvo
deu para entender que aquele ser
em forma de ave
preferia perecer

senti isso no olhar que não trocámos
no penoso esforço que fazia
para se salvar

quando o tempo que o acaso reservou
aos intervenientes
acabou…

eu continuei meu passeio de turista
o táxi desapareceu rumo á avenida
a pomba lá ficou
para já viva!

Fiquem bem,

 https://www.bubok.pt/livros/2325/VIDA-SOBE-E-DESCE

domingo, agosto 02, 2020

Dois poemas do meu último livro: veja aqui.



Nota do autor do blog:

Hoje divulgo aqui no blog dois dos 69 poemas que integram o livro que ora publiquei. 
Ambos têm por intenção registar os efeitos da Pandemia que grassa não só em Portugal mas por todo o mundo.
Há ainda mais poemas que assinalam o triste acontecimento, que intenta e quase consegue, parar a vida na Terra.
Mas não é tudo, claro!
Em baixo fica o link onde o livro pode ser visitado.
Fiquem bem, estejam onde estiverem.

António Esperança Pereira

COVID19 V

 

Confinado, rendido, quebrado,

Uma razia anda aí.

Um país doente, fechado,

A vida suspensa

Em todo o lado.

De Lisboa a Singapura,

De Moscovo à Cidade do Cabo,

Um mundo adiado.

 

Certezas que arrepiam,

Dúvidas que pairam.

A minha gente

(Humana gente)

Luta esgotada

Com denodo e valentia

Noite e dia.

 

Infelizmente,

A letal pandemia,

A tal luta indiferente…

Faz da vida um cemitério

Uma impotência

Um NADA.


COVID19 XIV


 

A inspiração vai-se embora

Diminui a cada dia.

Por um lado, a pandemia,

Por outro, a vida que chora.

 

O fulgor de outra idade

Junho em verão que aquecia,

A praia, os sonhos que havia…

Agora, doença e saudade.

 

Máscaras cobrem o rosto,

O medo paira na vida,

Há mais desgosto que gosto.

 

Na mesma está a poesia

Sem veia nem inspiração

Em tempo de pandemia.

 

In https://www.bubok.pt/livros/12610/Poemas-deste-mundo-e-de-outro


Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...