Do meu último livro de poemas "De Dentro de Nós", publico hoje dois poemas eleitos pela minha filha como sendo os seus preferidos (entre muitos outros claro)
Espero que gostem.
Inerte bonita quieta
Olho os seres que passam
Ligeiros ou lentos
Diversos
Dir-se-ia que olho sem cessar
Tudo o que mexe e remexe
Tudo o que gira na vertigem
De um olhar
Chego de mim para mim
A questionar
Porque fixo as pessoas
As coisas a passar
Que têm elas para me dar
Se no mesmo segundo aparecem
E desaparecem do olhar?
E tanta coisa inerte
Bonita quieta
À mão de semear...
E eu distraído sempre
Com o que mexe e remexe
Sem lhe ligar.
Laços de ternura
Suaves são os laços que nos prendem
Nas curvas da vida sinuosas
Seguram-nos sem magoar e tendem
A ficar belas memórias amorosas
Um tempo tantas vezes de desânimo
Feridas que aparecem no caminho
Como por milagre chega o ânimo
Vindo à nossa beira de mansinho
Uma mão um olhar um sonho
Um sorriso que nos faz tão bem
Qual bálsamo em tempo tão medonho
Assim se criam laços de ternura
Amor sem rótulo sem idade
Sem nó ou amarra e que perdura.
In "De Dentro de Nós", António Esperança Pereira
Fiquem bem,
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