quarta-feira, janeiro 31, 2018

Assédio sexual, tara ou moda?


O estabelecimento de relações afetivas é uma situação considerada "comum" no futebol feminino. Como refere a BBC, uma avançada internacional inglesa que não quis ser identificada chegou mesmo a garantir que "mal se conseguia lembrar" de um clube onde não houvesse relações deste tipo.
Keith Boanas, treinador da equipa feminina do Charlton entre 2000 e 2007, por exemplo, casou com a antiga guarda-redes do clube - e da seleção inglesa -, Pauline Cope-Boanas, numa relação que acabou por se tornar pública.
Contudo, este é um assunto cujas implicações devem começar a suscitar uma maior reflexão. Pelo menos é o que Sue Campbell, líder do departamento de futebol feminino da Federação Inglesa (FA), garante que tem de acontecer para a modalidade evoluir.
"Este é um problema no futebol feminino com o qual temos de saber lidar", referiu, citada pela BBC. "Há pessoas que mantêm relações com as jogadoras e isto é uma preocupação", acrescentou, justificando uma "boa conduta desportiva" como objetivo da Federação.
Keith Boanas era treinador do Charlton, em 2005, quando se envolveu com a jogadora inglesa Pauline Cope, com quem acabou por casar: As relações que preocupam o futebol inglês: treinadores envolvidos com jogadoras© Julian Finney/Getty As relações que preocupam o futebol inglês: treinadores envolvidos com jogadoras

"É preciso compreender os desafios que implica uma relação entre uma jogadora e um treinador da mesma equipa. É desafiante para as outras jogadoras, e talvez elas consigam lidar com isso com grande profissionalismo e discrição, tenho a certeza que o farão em muitos casos, mas é um assunto que levanta preocupações", acrescentou.
Contudo, a chefe do futebol feminino da FA alerta para não se cair em "julgamentos morais de indivíduos" e não confundir estes relacionamentos consensuais com casos de assédio sexual, ainda que Campbell reconheça que os primeiros também refletem uma "má conduta desportiva".
O tema não surge por acaso. Recentemente, Campbell nomeou Phil Neville como selecionador, na sequência da destituição de Mark Sampson do cargo, em setembro do ano passado. O ex-selecionador foi acusado de "comportamento inapropriado e inaceitável" para com as jogadoras da seleção, depois de denúncias de racismo - e também de envolvimento com jogadoras, no Bristol, clube onde esteve até 2013, antes de entrar na seleção inglesa.




segunda-feira, janeiro 29, 2018

Daytona (USA/EUA) fala português


© twitter.com/rolex24hours João Barbosa e Filipe Albuquerque vencem 24 horas de Daytona
Os pilotos portugueses João Barbosa e Filipe Albuquerque, fazendo equipa com o brasileiro Christian Fittipaldi, venceram as 24 Horas de Daytona, nos Estados Unidos, uma das principais provas de resistência automóvel. 
Aos comandos do Cadillac número 5, Filipe Albuquerque abriu a corrida no sábado e levou o carro ao triunfo, depois de João Barbosa e Christian Fittipaldi terem feito turnos intermédios na prova do campeonato norte-americano de resistência.
O trio luso-brasileiro confirmou o favoritismo que lhe era atribuído, depois de, em 2017, terem ficado em segundo lugar. Para Albuquerque trata-se da primeira vitória em Daytona, Florida, enquanto Barbosa e Fittipaldi repetem o triunfo alcançado em 2014, então na companhia do francês Sebástien Bourdais.
Barbosa, piloto radicado nos Estados Unidos, tem uma primeira vitória em 2010, juntamente com o norte-americano Terry Borcheller, o britânico Ryan Dalziel e o alemão Mike Rockenfeller.
Lusa
Fiquem bem,
António Esperança Pereira




sábado, janeiro 27, 2018

Mandalas ou manda-las?


Breve nota do autor do blog:

Bom, em conversa telefónica havida hoje com alguém que me é bastante próximo, entre muitas outras coisas falara-se de "Mandalas".
Parafraseando o saudoso Raul Solnado e como não entendia bem o que me era comunicado, já que entendia manda-las, 
"eu aí afinei"!
Pedi então que me fosse mandado, se possível, um email explicando o que era essa coisa que eu não entendia o que era ao telefone.
Na verdade a explicação chegou. Eu até já tinha ouvido falar nas "Mandalas", não "manda-las" como erradamente percebia, mas já não me recordava muito bem do que se tratava.
Veio então a ajuda pedida via email com uma breve descrição e fotos.
Fico muito agradecido e esclarecido, aproveitando o sucedido para a partilha de hoje no blog.
Desejo a todos um excelente fim de semana,

António Esperança Pereira

MANDALA


É  um elemento milenar cujo significado comum é o bem com a vida e com o que nos rodeia. Podem ser figuras baseadas em geometria sagrada com a utilização de símbolos, cores, números e palavras.
A sua designação vem do sânscrito (círculos sagrados ou mágicos )
Prendem o olhar com as suas formas e cores causando sensações de harmonia e paz .
Desenhar uma mandala é um bom exercício de introspeção e meditação .





quarta-feira, janeiro 24, 2018

Aprenda a redigir uma "Carta de apresentação"


Prepare-se para escrever uma carta de apresentação surpreendente

Escrever uma boa carta de apresentação é saber vender-se de forma sábia e inteligente sem eufemismos. Ela é, sem dúvida, o seu cartão de visita; é a sua oportunidade de criar uma boa impressão na pessoa que o irá avaliar, por isso, além de exímia do ponto de vista gráfico e linguístico, deve ter sempre o seu cunho pessoal.

Siga estas 5 dicas e prepare-se para escrever uma carta de apresentação surpreendente!

DICA 1 - PROCURE CONHECER BEM A EMPRESA

A carta de apresentação não é um curriculum vitae abreviado, por isso, deve ser adequada a cada empresa, a cada função, a cada futuro empregador e, repito, deve ser sempre personalizada.
Assim, sempre que preparar uma carta de apresentação, faça uma pesquisa exaustiva sobre a empresa na qual pretende trabalhar: a sua história, a sua visão, os valores qua a norteiam, a sua missão. Procure saber quais os objetivos que a empresa pretende alcançar e mostre como os seus conhecimentos e competências podem ser uma mais-valia para a conquista dessas metas.
Feita essa pesquisa, ponha mãos à obra: escolha criteriosamente a informação pessoal e profissional que pretende incluir, o vocabulário e o registo linguístico em função do espírito e cultura da empresa: para empresas mais conservadoras, o seu léxico e registo linguístico deverão ser mais formais; para empresas mais modernas e com uma cultura menos rígida, já poderá arriscar um tom mais informal e “fora da caixa”.

DICA 2 - SEJA SEDUTOR, MAS CAUTELOSO

“Porque é que devemos contratá-lo?”
Esta é a pergunta central à qual uma carta de apresentação deverá responder. Mostre quais os benefícios que a empresa terá em contratá-lo, realçando as competências que poderão trazer valor à empresa. Procure fazer uma boa articulação entre essas competências e os motivos que o levaram a candidatar-se.
Mas atenção: seja cauteloso. A fronteira entre a autovalorização e o exibicionismo é muito ténue, por isso, deve ser sábio e prudente nas palavras que escolhe para caracterizar os seus talentos e capacidades.

DICA 3 - SEJA CLARO, BREVE E OBJETIVO

Diga muito em poucas palavras! Isto é, fale sobre a sua formação académica, experiência profissional, interesses e capacidades de forma breve e clara.
A clareza e objetividade são qualidades centrais numa carta de apresentação. Antes de o avaliador iniciar a apreciação das suas qualidades, há um objetivo essencial: captar a sua atenção. Textos longos e demasiado palavrosos são a desculpa perfeita para fazê-lo desistir da leitura, por isso, se quer prendê-lo do princípio ao fim, então seja claro, breve e objetivo!
Evite o uso exibicionista de palavras demasiado eruditas e pomposas e opte sempre por um vocabulário acessível e descomplicado. O segredo está em revelar os seus melhores atributos de forma simples e equilibrada.

DICA 4 - SEJA AUTÊNTICO E CRIATIVO

Uma carta de apresentação só convence o avaliador se for genuína, por isso não refira nada sobre si que não seja verdade. Lembre-se que no momento da possível entrevista tem de haver coerência entre o que diz e o que escreveu.
Seja autêntico, sempre, e generosamente criativo! Alinhe-se com o espírito das empresas modernas. Os empregadores querem, cada vez mais, pessoas com competências que vão além das adquiridas nos bancos das universidades. Desejam avidamente pessoas com inteligência emocional, com boa capacidade de gestão de emoções e, sobretudo, com elevada criatividade. Vale a pena relembrar Einstein: “A lógica leva-nos do ponto A ao ponto B; a imaginação leva-nos a qualquer lugar”.
Portanto, escreva uma carta de apresentação “out of the box”, super criativa, que espelhe esta tão valorizada qualidade. Por exemplo, guarde no baú as introduções clássicas que cheiram a mofo “O meu nome é...; sou licenciado/a em...; Exerci funções de...”. Porque não terminar a carta como provavelmente começaria? “O meu nome é Sandra Duarte Tavares e tenho x anos de uma vida feliz e repleta de propósito. Seria uma honra poder trazer o meu valor à Vossa Empresa.”
Revele-se em cada palavra, em cada frase, em cada tópico. Seja único!

DICA 5 - FAÇA UMA REVISÃO ATENTA DA SUA CARTA

Rever o que escreveu tem um objetivo valioso: mostrar ao avaliador que apesar de criativo e autêntico, também é rigoroso. Acredite: continuará a somar pontos.
Uma carta de apresentação sem gralhas, sem erros ortográficos, gramaticais e de pontuação revela muito sobre si: primor, dedicação, excelência. Qual o empregador que não aprecia estes atributos?
Incorreções linguísticas, como “ir de encontro às expectativas” (em vez de ir ao encontro das expectativas), “enviarei-lhe o CV” (em vez de enviar-lhe-ei o CV), “estou melhor preparado” (em vez de mais bem preparado) não só mancham a sua imagem como podem excluir de imediato a sua candidatura.
Se pretende projetar uma imagem profissional credível, a sua carta deve espelhar um elevado padrão de excelência linguística e, acima de tudo, o seu caráter.
Sandra Duarte Tavares
LINGUÍSTICA PORTUGUESA

É mestre em Linguística Portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e professora no Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC Lisboa). É consultora linguística e formadora de Comunicação, e colabora ainda com a RTP em programas televisivos e radiofónicos sobre Língua Portuguesa. É autora dos livros “Falar bem, Escrever melhor” e “500 erros mais comuns da Língua Portuguesa” e coautora dos livros “Gramática Descomplicada”, “Pares Difíceis da Língua Portuguesa”, “Pontapés na Gramática”, “Assim é que é falar!”, “SOS da Língua Portuguesa”, “Quem tem medo da Língua Portuguesa?” e de um manual escolar de Português: “Ás das Letras 5”.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira 


domingo, janeiro 21, 2018

Os CTT num "tem-te não caias"?


Nosso comentário:

Destaco hoje uma notícia que retirei da comunicação social, "Notícias ao Minuto", que aborda o problema dos CTT.
Trata-se de uma opinião apenas, de qualquer forma parece-me oportuno nós cidadãos não deixarmos certas mais valias resvalarem para o abismo.
Estão neste caso os CTT tal como se vêm apresentando ultimamente num "tem-te não caias".
Ora bem, antes de caírem, partilho a opinião de Marisa Matias, eurodeputada, uma opinião que me parece equilibrada e desapaixonada.
Nesta como em outras situações já entornadas anteriormente, vamos tendo infelizmente provas de que é melhor fazer alguma coisa a tempo do que deixar correr até que "eles levem tudo e não deixem nada".
Depois quem paga é o cidadão que não tem culpa nenhuma da inoperância das entidades oficias competentes.
Creio que é tempo de separar o trigo do joio. Alguma firmeza do Estado em certos setores não lhe ficaria nada mal.
Embora sejam muito bem vindos a iniciativa e investimento privados onde e quando se revelem de interesse comum e nacional, o Estado terá de ser o garante sólido de uma economia sustentada, séria e geradora de confiança.
Fiquem bem, 
António Esperança Pereira 

Marisa Matias considera que o plano de reestruturação dos CTT que já resultou no encerramento de vários balcões é uma “situação inaceitável”. Fala em saque à empresa e afirma que é necessário reverter contrato de concessão

“Urgente pôr termo a esta sangria e resgatar os CTT para o setor público” 



Esta semana já foram encerrados alguns dos balcões dos CTT como estava previsto no plano de reestruturação da empresa. No seu espaço de comentário semanal na TVI 24, a bloquista Marisa Matias insurgiu-se contra uma situação que diz ser “inaceitável” e recorda que alguns dos critérios estabelecidos para a concessão dos CTT não estão a ser cumprido

“São os próprios CTT que contratam uma empresa para fiscalizar se os critérios de concessão estão a ser cumpridos. Se com um empresa paga pelos CTT constata-se que há cinco critérios que não estão a ser cumpridos, praticamente metade, então imagina-se o que seria se fosse uma investigação independente”, referiu a eurodeputada.
Marisa Matias lembrou que antes da privatização a empresa de correios dava boas indicações.
“Tínhamos uma empresa que estava sã do ponto de vista das contas, sã do ponto de vista operacional, que gerava lucros todos os anos e que poderia fazer o seu serviço público e ser controlada pelo Estado. Ao invés disso, temos uma empresa privatizada em que não só não há cumprimento do serviço público como depois ainda temos de ir buscar dinheiro público para fiscalizar quem fiscalizou, e ainda chegar à conclusão que os CTT privatizados não estão a cumprir a sua função”, disse.
A bloquista destaca que os CTT estão a ser alvo de um “saque” e que estão a desvalorizar. “É urgente pôr termo a esta sangria financeira, de terminar a destruição desta empresa que é fundamental e resgatá-la novamente para o setor público e para o controlo público e isso implica que o Estado tome uma ação firme”.
Para Marisa Matias reverter a privatização “é uma questão mínima de justiça”.
“Se o contrato de concessão não está a ser respeitado algo não está a funcionar e não podemos deixar que se tenha esta leviandade com serviços que são fundamentais para a sociedade”, sublinhou.
A eurodeputada rejeitou ainda a ideia de que os lucros dos CTT estejam a ser canalizados para o banco. “O banco é uma parte mínima disto tudo. Os lucros dos CTT, infelizmente, estão a ser canalizados para os dividendos dos acionistas”, acrescentando que Francisco Lacerda, o CEO dos CTT, “tem um salário anual que equivale a 128 anos de trabalho de um funcionário” da empresa.

Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...