Ouve-se dizer por aí que as eleições a Presidente da República não tiveram qualidade.
Creio que quem diz isso se refere não só aos candidatos em si mas igualmente às campanhas por eles atamancadas.
Ora bem, em tempo de crise, não podemos querer "sol na eira e chuva no nabal", tal como diz o ditado popular.
Logo a qualidade pode faltar, a motivação também.
Acho que os candidatos nem eram bons nem eram maus, eram os que havia.
Ponto final.
As candidaturas e o que cada uma delas continha para esclarecer o povo português foi o que se viu e não o que se queria ver.
Ponto final.
Podemos ficar a praguejar (se calhar com toda a razão) que o vencedor, Marcelo Rebelo de Sousa, não disse nada em campanha, pelo que os portugueses nada sabem sobre o que vai fazer quando assumir a Presidência.
Até se pode acrescentar que o agora eleito Presidente foi "fabricado" anos a fio pelas televisões, o que lhe deu um enorme avanço sobre todos os outros concorrentes.
Podemos igualmente alvitrar que se calhar um outro candidato menos votado traria mais novidade e uma melhor imagem e projeção aquando sentado no Palácio de Belém.
Podemos falar ainda de pequenas candidaturas mais ou menos chochas que apenas tiveram por finalidade dar-nos a conhecer uns portugueses menos conhecidos à pala desta oportunidade.
Afinal pode-se sempre dizer muita coisa.
Mas o que é, é o que é, o que está feito está feito.
O povo votou e, apesar de cerca de metade do eleitorado se ter abstido de o fazer, o que é lamentável, escolheu o candidato que achou ser o melhor dos candidatos em presença, ou, se quiserem, o menos mau.
Pessoalmente não tenho nada a obstar às escolhas populares, antes pelo contrário. O sufrágio universal e direto através do voto foi uma enorme conquista dos países civilizados, pelo que o meu respeito por uma tal conquista nem se questiona.
Os candidatos foram aqueles que tivémos, o resultado das eleições foi o que foi, pelo que, "gregos e troianos", "uns e os outros", "os contentes e os menos contentes" terão que aceitar a realidade ditada nas urnas para um ciclo de cinco anos.
Fiquem bem,
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