Homilia na Sé de Braga
D. Jorge Ortiga critica os que "exploram os fracos"
O Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, fez este domingo duras críticas à sociedade portuguesa, com especial destaque para aqueles “não ousam sujar as mãos com a vida real das pessoas” e que os que não se incomodam em explorar os mais fracos.Por:Joana Nogueira
Começando por destacar na homilia, que este domingo decorreu na Sé de Braga, os que "de mãos atadas em lençóis limpos, não ousam sujar as mãos com a vida real das pessoas, do concreto; que têm medo de amar para não se conspurcar, pura e simplesmente, para não gastar a vida com os outros", D. Jorge Ortiga lamentou que a sociedade esteja vocacionada apenas para os grupos de interesse.
"Quando muito, olhamos apenas para os nossos correligionários, ou seja, para os grupos de interesse", lamentou o presidente da Pastoral Social.
"Mas há hoje, nós o sabemos também, na sociedade, muitas mãos sujas com iniquidade, com a exploração dos fracos ou com as conjuras de interesses", razão pela qual é urgente que "a sociedade actual reclama um modelo novo e somos nós os protagonistas para o concretizar".
-------------------------------------------------------------------------------------------
Pacheco Pereira diz que Passos Coelho agiu de «má fé»
Pacheco Pereira disse no programa “Quadratura do Círculo” da SIC Notícias que “desconfia” que sejam razões eleitorais as que levam o Executivo de Passos Coelho a referir que volta a pagar 13º e 14º meses em 2015 e afirmou ser "evidente a má-fé do primeiro-ministro, que prometeu e não cumpriu”, ao ter estendido o corte nos subsídios de natal e de férias até ao final da vigência do programa de assistência financeira a Portugal”.
“Para já, não é aquilo que foi prometido. Segundo, se não é aquilo que nos foi prometido, ou seja que o corte seria absolutamente extraordinário e corresponderia ao período de intervenção da ‘troika’, ou seja, em 2013 – não é em 2014. Em 2014 as pessoas já deviam ter direito a receber o seu subsídio conforme estava previsto”, defendeu Pacheco Pereira no programa, citado hoje pela Rádio Renascença.
“Para já, não é aquilo que foi prometido. Segundo, se não é aquilo que nos foi prometido, ou seja que o corte seria absolutamente extraordinário e corresponderia ao período de intervenção da ‘troika’, ou seja, em 2013 – não é em 2014. Em 2014 as pessoas já deviam ter direito a receber o seu subsídio conforme estava previsto”, defendeu Pacheco Pereira no programa, citado hoje pela Rádio Renascença.
------------------------------------------------------------------------------------------
Nosso comentário
Tecemos por vezes algumas críticas às posições da Igreja Católica. Fazemo-lo porque nos parece haver certos desenvolvimentos da vida social dos tempos modernos que a hierarquia não pode ou não quer acompanhar. Ou seja, um recusar evoluir um pouco, segundo os sinais dos tempos.
Não é hoje o caso.
Queremos elogiar a homilia do Arcebispo de Braga, gostamos sinceramente das palavras que lemos acima.
Oxalá a vocação humanista da Igreja Católica, expressa em belas encíclicas, possa deixar o papel, dar mostras agora de que existe mesmo de uma forma programática, muito para além da caridadezinha... que tenha uma palavra a dizer contra os que oprimem, que exploram os mais fracos.
Que encontre na esperança sinais de motivação para as pessoas tão fustigadas pelos pregoeiros da desgraça, "muitas mãos sujas com iniquidade, com a exploração dos fracos ou com as conjuras de interesses", no dizer do Arcebispo D. Jorge Ortiga.
Que ajude a fomentar uma conciliação social, uma convivência harmoniosa entre todos, independentemente da idade, credo, raça, proveniência, etc. não a fraturação de má fé a que vimos assistindo...
Fraturação essa levada a cabo não só pelos que governam, mas pelos que "de mãos atadas em lençóis limpos, não ousam sujar as mãos com a vida real das pessoas"
Finalmente uma nota positiva para Pacheco Pereira. Na sequência de outros notáveis do "regime" distancia-se das posições neoliberais, mais troikistas que a troika, de PC (Passos Coelho)
A falta de verdade de PC vem bradando aos céus, fica difícil até mesmo à "família laranja" aguentá-las por muito tempo. Isto porque os ambiciosos que por lá andam irão ficar agarrados a tais tempos de mentira compulsiva e suas carreiras políticas ameaçadas de morte.
Os portugueses que acreditaram nas promessas eleitorais dos vencedores das últimas eleições legislativas e as compara com a realidade atual, um chorrilho de lapsos, de "alterações de verdade" permanentes, só pode pedir a todos os santos ( e não chegam) que nos livrem de uma tal pandilha. Que se pense em algo de sério para enfrentar com equidade, temperança, competência, fraternidade, os desafios difíceis dos tempos que vivemos.
Que esta gente, com tais métodos, seja desde já responsabilizada por uma convulsão social bem capaz de vir a acontecer.
----------------------------------------------------------------------------------------
Fiquem bem,
Pena é que palavras de burro não cheguem ao céu, e na hora H por força das disciplinas partidárias e dos grupos de interesse que a igreja também faz parte estes funcionem a favor das forças de bloqueio à revolução!
ResponderEliminarJose Carlos Piegas Santos
José Carlos Piegas Santos, grato pelo comentário.
ResponderEliminarOxalá algo mude em Portugal e na Europa.
Revolução? qual?
Abraço