quinta-feira, novembro 15, 2007

noite de insónia

Os sons os objectos as imagens
o que os olhos vêem
fora dentro
tudo faz impressão
redemoínhos memórias escuridão

parece que não se ata nem desata
que não se foge nem se fica
que o tempo não passa
que se cai num buraco
sem saída

fica-se com a cabeça prenha
o corpo seco
num sentimento febril
e gelado ao mesmo tempo

apartamento à noite
silencioso
hermético sem destino
apertado pelos ouvidos dos vizinhos

ai que grito por soltar
que uivo
que raiva que me engole
que se engole
que me põe

NADA

que jazigo de vida
aqui esquecido
numa noite indecisa
desequilibrada de insónia

Sem comentários:

Enviar um comentário

Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...