Foi desta forma que Ana Jorge, a provedora exonerada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, começou o seu depoimento sobre a situação financeira da instituição e o negócio da internacionalização dos jogos sociais, bem como sobre a exoneração da Mesa (administração da Santa Casa).
A provedora - que continua em funções apesar de ter sido exonerada - explicou ainda que quando entrou na Santa Casa foi feito um levantamento do estado financeiro da instituição, revelando que existia uma "situação de rutura iminente de tesouraria" e que a mesma corria o risco de "não conseguir pagar salários".
"Ficam para a Santa Casa 170 milhões e os restantes 474 milhões são distribuídos pelos outros beneficiários", explicou.
Sobre a internacionalização da Santa Casa - Santa Casa Global -, Ana Jorge revela que em dezembro de 2020 foi feita a aquisição de parte da sociedade gestora do Hospital da Cruz Vermelha.
"Perante a situação crítica que a Santa Casa se encontrava em maio de 2023, e - ali sim e não agora - numa situação de rutura iminente de tesouraria, a mesa da Santa Casa tomou a 16 de junho de 2023 um conjunto de medidas de sustentabilidade financeira. Estas medidas todas estão contidas num documento entregue à ministra, conjuntamente com outros 25 documentos." Refira-se que o Governo acusou Ana Jorge de não providenciar informação.
Perante os deputados, a provedora garantiu que, apesar da mesa da Santa Casa ser acusada "de inação", os membros trabalharam "arduamente para que, em setembro de 2023, fossem pagos todos os salários, para que fossem cumpridos os compromissos com fornecedores, para que não houvesse qualquer situação de incumprimento".
"É um facto que a Santa Casa tem, de facto, um grave problema financeiro estrutural. Mas também é facto que a Santa Casa sempre cumpriu pontualmente todos os seus compromissos financeiros. Ainda vamos a tempo de recuperar a Santa Casa, mas de facto há muito para fazer na própria reestruturação interna da Santa Casa. Mas ao contrário do que tem sido afirmado nos últimos dias, a situação económica e financeira da santa casa não compromete a missão primordial de apoio aos mais vulneráveis e desfavorecidos. De facto, e vou apresentar números, como tem sido afirmado, a situação económica e financeira não compromete o apoio aos vulneráveis e mais desfavorecidos", afirmou.
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