terça-feira, dezembro 27, 2022

Migrações: pelo menos 26 refugiados 'rohingya' morrem à deriva no mar


Refugiados rohingya são frequentemente resgatados de barcos sem condições© Reuters

Um grupo de 174 'rohingya', entre os quais várias mulheres e crianças, desembarcou na segunda-feira na província indonésia de Aceh, a norte da ilha de Sumatra, depois de cerca de um mês à deriva numa embarcação frágil

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) avançou hoje que pelo menos 26 refugiados da minoria étnica muçulmana 'rohingya', perseguida em Myanmar, morreram em alto mar antes de serem resgatados por um navio indonésio.

Um grupo de 174 'rohingya', entre os quais várias mulheres e crianças, desembarcou na segunda-feira na província indonésia de Aceh, a norte da ilha de Sumatra, depois de cerca de um mês à deriva numa embarcação frágil.

Os sobreviventes, que chegaram a terra com sintomas de exaustão e desidratação, disseram que outros 26 passageiros morreram durante a viagem devido às péssimas condições a bordo, frisou o ACNUR, em comunicado hoje divulgado.

Este navio é o segundo a chegar a Aceh nos últimos dias, depois de um outro, com 58 'rohingya' a bordo, ter atracado no domingo.

A agência da ONU para os refugiados agradeceu à Indonésia pelo resgate e assistência prestada a estas pessoas, sublinhando que muitos dos 'rohingya' recém-chegados requerem cuidados médicos urgentes.

"Agradecemos este ato de humanidade das comunidades e autoridades locais na Indonésia. Estas ações ajudam a salvar vidas humanas de uma morte certa, acabando com as provações de muitas pessoas desesperadas", disse a representante do ACNUR na Indonésia, Ann Maymann.

Segundo relatórios do ACNUR, pelo menos 200 'rohingya' morreram este ano, quando procuravam um futuro melhor atravessando ilegalmente do Bangladesh para a Malásia ou a Indonésia. O número corresponde a um em cada 10 que arriscaram fazer a viagem em 2022.

A agência das Nações Unidas refere ainda que, de acordo com relatos não confirmados, continua desaparecido no golfo de Bengala um barco com cerca de 180 pessoas, que se acredita terem morrido.

Em agosto de 2017, o exército birmanês lançou uma campanha militar contra a população 'rohingya' no norte do estado de Rakhine (Arakan), pela qual o país enfrenta uma acusação de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça, em Haia.

A brutal operação militar provocou o êxodo de mais de 720.000 refugiados para o vizinho Bangladesh, onde permanecem amontoados com outros 'rohingya' que fugiram em vagas anteriores de violência, no maior complexo de campos de refugiados do mundo.

Fiquem bem, continuação de Festas Felizes.

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quinta-feira, dezembro 22, 2022

Primeiro-ministro da Croácia acusa o Presidente do país de ser aliado de Putin

 


Primeiro-ministro da Croácia acusa o Presidente do país de ser aliado de Putin© Johanna Geron


O primeiro-ministro da Croácia, Andrej Plenkovic, acusou hoje o Presidente do país báltico, Zoran Milanovic, de ser aliado de Vladimir Putin, e criticou a falta de apoio maioritário do Parlamento para aprovar treino militar aos ucranianos.

O social-democrata Zoran Milanovic, que é o comandante supremo das Forças Armadas croatas, rejeitou a participação do seu país na missão da União Europeia (UE) para treinar soldados ucranianos.

"A Ucrânia não é um aliado. Eles tentam criar isso à força. Esta é a União Europeia de hoje. Uma ninharia, zero", realçou na terça-feira o Presidente croata, cujo país faz parte da UE desde 2013 e da NATO desde 2009.

Além disso, qualificou de "mentiroso" o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, por alegadamente "inventar razões" para não permitir que soldados croatas fizessem parte da missão da UE na vizinha Bósnia-Herzegovina.

Já o conservador Andrej Plenkovic, realçou que se o chefe de Estado é contra a assistência militar à Ucrânia, então "está claro que está do lado [do Presidente da Rússia, Vladimir] Putin".

Plenkovic acusou ainda o Presidente de causar enormes danos ao país com o seu comportamento "irresponsável e pouco confiável".

O primeiro-ministro croata critiou ainda o Parlamento por não ter apoiado com a maioria necessária uma missão de treino do Exército croata para soldados ucranianos.

"Isto é uma vergonha. Impediram a Croácia de fazer parte do Ocidente, de estar com os nossos aliados e de ser solidária com a Ucrânia", destacou o chefe de governo em entrevista à rádio pública.

"Esta é uma decisão anormal, que não é de forma alguma do nosso interesse nacional", acrescentou Plenkovic.

Parlamento croata apoiou na passada sexta-feira a missão de treino croata para os militares ucranianos com 97 votos, mas não obteve a necessária maioria de dois terços (101 votos) para aprovar a iniciativa apresentada pelo governo.

O plano do governo previa o envio de 80 oficiais do Exército croata para participar da missão de assistência militar da UE à Ucrânia (EUMAM Ucrânia).

Além disso, o Exército croata tinha previsto treinar uma centena de ucranianos em território croata em setores não bélicos, como saúde, resgate e engenharia.

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terça-feira, dezembro 20, 2022

Lula da Silva relata conversa com Putin e diz que Brasil quer mundo sem fome e com paz




São Paulo, 20 dez 2022 (Lusa) – O Presidente eleito do Brasil, Lula da Silva, disse hoje que conversou com o Presidente russo, Vladimir Putin, e frisou que o seu futuro Governo buscará diálogo e trabalhará a favor de um mundo sem fome e com paz.

“Conversei hoje com o Presidente russo Vladimir Putin, que me cumprimentou pela vitória eleitoral, desejou um bom governo e o fortalecimento da relação entre nossos países”, escreveu o futuro governante brasileiro na rede social Twitter.

“O Brasil voltou, buscando o diálogo com todos e empenhado na busca de um mundo sem fome e com paz”, acrescentou.

Já o Kremlin informou num comunicado oficial que "em conversa telefónica com o Presidente eleito da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, Putin o parabenizou pela vitória nas eleições (...) e desejou-lhe sucesso em seu trabalho de Estado”.

A nota acrescentou que ambas as partes manifestaram a certeza de que a cooperação estratégica entre o Brasil e a Rússia - que fazem parte do grupo BRICS juntamente com a Índia, China e África do Sul - continuará a se fortalecer em diversas áreas.

Putin e Lula da Silva também esperavam consolidar os laços no BRICS e no âmbito da participação em organismos internacionais.

O líder progressista brasileiro venceu as eleições presidenciais em outubro, depois de receber mais da metade dos votos na segunda volta que disputou contra o atual Presidente, Jair Bolsonaro.

A posse de Luiz Inácio Lula da Silva está marcada para 01 de janeiro de 2023.


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terça-feira, dezembro 13, 2022

Costa aponta práticas de “concorrência desleal” dos EUA e quer resposta europeia



 Lisboa, 13 dez 2022 (Lusa) – O primeiro-ministro criticou hoje práticas de concorrência desleal colocadas em marcha pelos Estados Unidos e considerou essencial uma resposta por parte da Europa, designadamente através do recurso às disponibilidades existentes nos planos de recuperação e resiliência (PRR).

Esta posição foi defendida por António Costa no início do debate parlamentar preparatório do próximo Conselho Europeu, na quinta-feira, em Bruxelas.

Perante os jornalistas, o primeiro-ministro lamentou que os Estados Unidos tenham adotado uma disposição sobre redução da inflação que introduz “fatores de concorrência desleal relativamente à Europa e que exige uma reposta da parte da Europa”.

“De uma forma pragmática e no curto prazo, devemos recorrer às disponibilidades ainda existentes” no quadro dos planos de Recuperação e Resiliência (PRR) de cada Estado-membro, “para haver uma resposta integral da Europa no apoio às suas empresas mais expostas à subida dos custos da energia”, sustentou António Costa.

De acordo com o líder do executivo, em termos de médio prazo, o Governo português encara como “interessante” a proposta apresentada pela Comissão Europeia para a criação de um fundo para a soberania europeia.

“Esta ideia parece apontar no bom sentido de reforçar as capacidades orçamentais próprias para financiar investimentos comuns e estratégicos do conjunto da União Europeia, evitando a fragmentação do mercado interno e, por outro lado, a dependência da diferenciada capacidade orçamental de cada um dos Estados-membros. De qualquer forma, este debate não pode ignorar a discussão que é necessário prosseguir e aprofundar em matéria de alterações do modelo de governação da Europa”, advertiu.

Ainda em matéria de reforma da governação económica e financeira da União Europeia, na perspetiva de António Costa, a proposta já apresentada pela Comissão Europeia, tendo em vista estabelecerem-se novas modalidades de redução da dívida, respeitando-se a diferenciação e as estratégias è medida de cada Estado-membro, “tem um sentido claramente positivo”.

“Também vai no sentido positivo a identificação de que o critério fundamental deve ser o da despesa primária, o que permite não tomar em linha de conta a evolução da despesa em função da variação da taxa de juro. Permite, também, um ajustamento anti cíclico com a não contabilização de despesas como as feitas com subsídios de desemprego”, assinalou.

No entanto, neste ponto, o primeiro-ministro insistiu na necessidade de a União Europeia ter um instrumento de estabilização permanente, como aconteceu ao longo da crise da covid-19, e possuir um instrumento orçamental comum.

“É preciso fazer mais do que a mera correção de assimetrias”, acrescentou.


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quarta-feira, dezembro 07, 2022

Novos radares entram em ação em 2023

 


A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) prevê que os 50 novos radares de controlo de velocidade entrem progressivamente em funcionamento ao longo do primeiro trimestre de 2023.

A ANSR indica que já se iniciaram os trabalhos de construção civil para a colocação dos 50 radares que fazem parte do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO), gerido pela ANSR.

Estes novos 50 radares, que se vão juntar ao SINCRO, iniciado em 2016, foram já anunciados há algum tempo pelo Ministério da Administração Interna e Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

A ANSR justificou a demora da entrada em funcionamento deste sistema “com o atraso do fornecimento dos equipamentos decorrente da situação excecional nas cadeias de abastecimento resultantes da pandemia da doença covid-19, da crise global na energia e dos efeitos resultantes da guerra na Ucrânia”.

Destes 50 novos radares, 30 vão ser instalados em Locais de Controlo Velocidade Instantânea (LCVI) e 20 em Locais de Controlo Velocidade Média (LCVM), estando previsto que 80% sejam colocados fora das autoestradas.

A ANSR precisa que 20 destes radares vão permitir detetar a velocidade instantânea e 10 são capazes de calcular a velocidade média num determinado trajeto.

De acordo com a ANSR, o SINCRO procede atualmente à fiscalização da velocidade dos condutores através “da medida da velocidade instantânea do veículo, ou seja, da sua velocidade no instante em que passa no local de controlo de velocidade”.

Os novos radares vão permitir “a fiscalização da velocidade praticada pelos condutores através da medida da velocidade média do veículo entre dois pontos predefinidos na estrada”.

Segundo a ANSR, os contratos de fornecimento e instalação dos novos radares de controlo de velocidade vão custar cerca de 5,6 milhões de euros.

A rede SINCRO é composta atualmente por 62 locais de controlo de velocidade instantânea instalados em várias estradas da rede rodoviária nacional equipados com 58 radares.

Desde que entrou em vigor este sistema de radares de controlo de velocidade, a ANSR registou um total de 1.562.780 infrações, tendo sido 2020 (420.609), 2021 (349.139) e 2019 (323.589) os anos com maior número de multas.

"in Revista ACP "

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Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...