Swipe News, SA vacina, laboratório, coronavirus, covid19, pandemia, investigação
Já há dez vacinas contra a covid-19 em uso ou prontas a ser usadas, das quais oito estão autorizadas e a ser administradas em pelo menos um país do mundo. Mas na União Europeia, apenas três receberam luz verde das autoridades do medicamento – a da Pfizer, a da Moderna e a da AstraZeneca. São todas de origem europeia e/ou americana, e o padrão deverá manter-se em relação às próximas vacinas a ser aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) – as da Johnson&Johnson e da Novavax, ambas made in USA, ambas na fase final de ensaios clínicos (fase 3), provavelmente terão luz verde das autoridades da UE antes da Sputnik V, a vacina russa que já está a ser administrada em 23 países ou territórios.
Numa altura em que o fracasso do arranque da campanha de vacinação na UE é mais do que evidente, tendo mesmo levado a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, a um inédito mea culpa, porque razão a UE insiste em olhar apenas para as vacinas ocidentais, apesar das dificuldades de produção desses fornecedores?
A decisão europeia de concentrar nas mãos da Comissão a negociação e compra conjunta das vacinas contra a covid significa que os Estados são desaconselhados de fazer negociações autónomas (mas não estão proibidos – e há quem o esteja a fazer), limitando o portfolio de vacinas na UE a, no máximo, oito fornecedores.
Três já têm luz verde:
Pfizer (600 milhões de doses) AstraZeneca (400 milhões) Moderna (160 milhões)
Três estão na fase final dos ensaios clínicos:
CureVac (405 milhões) Johnson&Johnson (400 milhões) Sanofi-GSK (300 milhões)
E outras duas, também ainda em testes, tiveram acordos preliminares de compra negociados recentemente pela UE:
Novavax (200 milhões) Valneva (60 milhões)
Tudo de origem europeia ou norte-americana. Nem sinal das quatro vacinas chinesas ou das duas russas.
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
Sem comentários:
Enviar um comentário