Em declarações na SIC Notícias, a ministra da Saúde comentou a evolução da pandemia em Portugal, num dia em que se atingiu um novo máximo diário de novos casos. Marta Temido diz que está a ser preparado um reforço de call centers para o atendimento de utentes
A ministra da Saúde admite que na primeira semana de janeiro Portugal ultrapasse a barreira dos 37 mil novos casos de covid-19 por dia. Em declarações à SIC Notícias esta terça-feira - dia em que se atingiu um recorde de 17 172 novas infeções -, Marta Temido assegurou que este é um número que “está em linha” com as estimativas das autoridades de Saúde, no entanto um pouco mais acelerado do que o previsto.
“O número dos 17 mil seria atingido, nas estimativas, apenas a 29 de dezembro. Atingimos antes. Vale a pena sublinhar que com os modelos que dispomos iremos atingir os 37 mil casos na primeira semana de janeiro”, disse a ministra.
Marta Temido sublinhou que a pressão neste momento está na “linha SNS24, no rastreio de contactos, na realização de testes e não tanto nos internamentos”. “Todos os sistemas de saúde estão sob uma pressão brutal e o nosso não é exceção. Deixo um apelo: paciência para quem precisa de usar o SNS24”, disse.
A grande dificuldade na linha de atendimento está na orientação das pessoas que tiveram contactos de risco e precisam de saber o que fazer a seguir, garantindo que no caso de pessoas positivas o SNS24 “tem demonstrado capacidade de resposta”.
“Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e o Ministério têm estado a trabalhar numa simplificação do algoritmo para permitir melhores automatismos”, referiu Marta Temido, que anunciou que está prevista a abertura de mais call centers e também um reforço dos já existentes.
A ministra apelou ainda à responsabilidade individual, recordando que “estamos perante uma variante cujas consequências ainda desconhecemos” e que o número de novos casos está a duplicar a cada oito dias.
“Tomámos as medidas na quinta-feira da semana passada e na altura muitas vozes consideram excessivas. É um equilíbrio difícil. A proteção da vacina permite-nos atenuar a letalidade, estamos protegidos; a responsabilidade está na mão de cada um, mais do que na atuação do Estado. Fomos ao limite da proporcionalidade das medidas impostas. É uma sociedade madura”, defendeu.
Esta terça-feira, o boletim epidemiológico da Direção-geral da Saúde dá conta de mais 17.172 infetados, 19 mortes e 8226 recuperados em Portugal nas últimas 24 horas. Trata-se de um novo máximo de casos positivos em toda a pandemia. O anterior pico remontava a 28 de janeiro, com 16.432 infeções em 24 horas.
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