segunda-feira, março 25, 2024

Montenegro herda excedente de €3,19 mil milhões de Medina, o equivalente a 1,2% do PIB

 

Novo governo recebe das mãos de Costa um excedente de 1,2% do PIB, inédito na democracia portuguesa, e 0,4 pontos percentuais acima face ao antecipado no Orçamento do Estado para 2024. A dívida pública fica nos 99,1% do PIB


Montenegro herda excedente de €3,19 mil milhões de Medina, o equivalente a 1,2% do PIB© Clara Azevedo/ Gabinete do
 primeiro-ministro


Confirma-se: o excedente orçamental previsto pelo Governo para 2023 acabou por ficar muito acima do previsto. O “brilharete” - como tem sido chamada esta margem, quer de forma depreciativa quer elogiosa - ficou muito acima do excedente de 0,8% antecipado pelo anterior Governo, tendo alcançado os 1,2% do produto interno bruto (PIB), anunciou esta segunda-feira, 25 de março, o Instituto Nacional de Estatística (INE). O excedente, em termos brutos, é de 3194 milhões de euros.

É o maior excedente da democracia e é um regresso ao equilíbrio das contas públicas desde o superávit de 0,1% em 2019, ainda Mário Centeno era ministro das Finanças, o primeiro excedente desde 1974. Em 2022, ano durante o qual ainda se sentiram de forma aguda os efeitos da pandemia da covid-19 somados aos da guerra na Ucrânia, o Estado apresentou um défice orçamental de 0,4% do PIB.

O excedente maior que o antecipado teve origem “principalmente no subsetor dos Fundos de Segurança Social, uma vez que os subsetores da Administração Central e da Administração Regional e Local apresentaram saldos negativos”. A subida das receitas foi “em grande medida impulsionada pelo aumento da receita corrente”, que mais do que compensou o aumento da despesa em remunerações e juros.

A dívida pública, por sua vez, ficou abaixo dos 100%, nos 99,1% em 2023.

O excedente fica acima das previsões de entidades como o Fundo Monetário Internacional, que previa um défice de 0,2% do PIB para 2023; da OCDE, cuja estimativa sugeria um excedente de 0,8%; do Conselho de Finanças Públicas, que assumia um superávit de 0,9%; e do Banco de Portugal, que antecipava um excedente de 1,1% para o ano passado.

Este excedente inédito na vida democrática portuguesa é anunciado num período de transição entre dois governos e está a ser tema central no debate político. Especula-se que o governo minoritário da AD liderado por Luís Montenegro vá usá-lo para cumprir parte, ou todas, as promessas eleitorais que fez a vários grupos profissionais do Estado que reivindicam aumentos salariais e a contabilização de anos perdidos nas carreiras. O excedente “excessivo” está, entretanto, a provocar desconforto entre as fileiras do PS, agora na oposição, incomodados com o dinheiro em caixa que poderia ter sido utilizado no poder para satisfazer exigências salariais. E que agora será um presente para o novo governo.

Mário Centeno, agora no papel de governador do Banco de Portugal, disse na sexta-feira que o excedente orçamental é uma forma de acautelar menos dificuldades no caso de mudança do ciclo económico. “Portugal viveu 80% dos dias, entre 2000 e 2017, em procedimento de défice excessivo. Não queremos lá voltar (…) Se não acautelarmos a margem financeira que nos permita gerir as próximas crises o país corre os mesmíssimos riscos que correu no passado", alertou, sublinhando que as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) regressarão já em 2025 depois de quatro anos suspensas devido à pandemia.

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quarta-feira, março 13, 2024

Líder de extrema-direita neerlandês Geert Wilders desiste da chefia do Governo

 

O líder islamofóbico de extrema-direita neerlandês, Geert Wilders, anunciou hoje que não será primeiro-ministro dos Países Baixos devido à falta de apoio dos partidos com os quais tentava formar uma coligação governamental.© Reuters

"Só posso tornar-me primeiro-ministro se todos os partidos da coligação me apoiarem. Este não foi o caso", disse Wilders na rede social X, quase quatro meses após as eleições legislativas, marcados por negociações políticas para encontrar uma solução de governo.

Em 23 de novembro, o Partido da Liberdade (PVV), liderado por Wilders, ganhou as eleições legislativas, com um discurso abertamente antieuropeu e islamofóbico, embora não tenha alcançado maioria suficiente para governar sozinho.

Órgãos de comunicação social neerlandeses têm noticiado avanços nas conversações para a constituição de um executivo de base tecnocrática.

Os partidos políticos estão prontos para dar um "próximo passo" na formação de um governo ao final de dois dias de "boas" e "intensas" discussões, declarou na terça-feira o supervisor das negociações para a formação de um executivo, Kim Putters, que deve apresentar um relatório crucial na quinta-feira.

Wilders surpreendeu os Países Baixos e o resto da Europa ao obter pela primeira vez para a extrema-direita uma vitória nas últimas legislativas.

O líder do Partido da Liberdade (PVV) tentou primeiro obter a maioria governamental com o partido liberal VVD, o partido agrícola BBB e o partido centrista Novo Contrato Social (NSC), mas as negociações chegaram a um impasse no mês passado, quando o líder desta última força política, Pieter Omtzigt, se retirou abruptamente das conversações, apontando o estado sombrio das finanças públicas.

"Gostaria de um governo de direita. Menos asilo e imigração. Neerlandeses primeiro", escreveu Wilders no X, acrescentando: "O amor pelo meu país e pelos meus eleitores é grande e mais importante do que a minha própria posição".

Omtzigt já havia manifestado preocupações sobre o manifesto de Wilders, um texto islamofóbico e cético em relação ao clima, que defende nomeadamente a proibição das mesquitas e do Corão, livro sagrado islâmico, bem como a saída dos Países Baixos da União Europeia.

No sistema político neerlandês altamente fragmentado, onde nenhum partido é suficientemente forte para governar sozinho, o anúncio dos resultados marca geralmente o início de meses de negociações.

Na altura, o jornal Algemeen Dagblad descreveu as conversações como uma "catástrofe à espera de acontecer", com "veneno, críticas mútuas, fofocas".

Kim Putters, um antigo senador trabalhista, foi então nomeado para supervisionar o diálogo, trazendo com sucesso os líderes dos quatro partidos rivais de volta à mesa de negociações.

Mark Rutte permanece no cargo de primeiro-ministro enquanto se aguarda a formação de um novo governo, mas ao mesmo tempo aparece como o favorito para liderar a NATO.

Desde as eleições, o apoio ao PVV só se fortaleceu, segundo as sondagens.

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terça-feira, março 05, 2024

Perdeu, estragou ou esqueceu-se da chave dentro do carro? Eis o que fazer

 


Situações como perda ou esquecimento da chave do carro podem acontecer devido à rotina. Mas sabe o que fazer nestas situações? Eis algumas dicas e conselhos.

A rotina pode fazer com que as tarefas que são realizadas todos os dias caiam na ‘inconsciência’ e, por isso, a margem para erro seja maior.

Entre não se lembrar se fechou ou não a porta à chave ou se o forno foi desligado depois de cozinhar de uma refeição, também as chaves do carro podem ser um problema – quer se percam, estraguem ou se deixem no interior do carro.

Mas, perante estas situações, o que deve fazer?

Por forma a resolver esta eventual situação da melhor forma possível, o Auto Doc Club elaborou um conjunto de passos e dicas a seguir.

Segundo o site, perder a chave do carro é mais vulgar do que possa parecer. Abaixo, pode 'tirar notas' sobre o que fazer perante situações em que a chave já não esteja ao seu alcance:

  • Se tiver apólice de seguro que cobre a perda ou furto da chave (assim como o de automóvel), deverá informar a seguradora. Nestes casos, poderá receber um reembolso relativo à substituição do componente;
  • Deve evitar um eventual furto do carro e, se achar que mais do que uma perda se tratou de um furto, fazer queixa às autoridades;
  • Caso a chave principal esteja no interior de um veículo, a solução é aparentemente fácil: recorrer à chave de substituição que, para esta eventualidade, deve estar guardada num local seguro, onde deverá poder aceder com facilidade e rapidez;
  • Também o veículo deverá ser colocado num local seguro, como uma garagem – garantindo assim que outras pessoas não poderão aceder ao veículo até que o assunto esteja totalmente resolvido;
  • Se a chave eletrónica tiver ficado estragada devido ao contacto com a água ainda poderá ser recuperada – basta dirigir-se a algum concessionário por forma a perceber se tem arranjo;
  • Se a chave ficar esquecida dentro do carro, convém não tentar abrir o veículo por conta própria, já que o carro pode ficar danificado – devendo por isso contactar alguma oficina. Também é possível mandar fazer outra chave junto do seu concessionário – sendo esta uma hipótese mais demorada.

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Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...