quarta-feira, junho 21, 2023

Galamba rejeita comboios noturnos. “Isso são problemas de países com muitos comboios”

 

joão galamba© Swipe News, SA


Desde março de 2020 que não há comboios noturnos de Portugal para Espanha e para França. O cenário vai manter-se durante mais alguns anos, na perspetiva do ministro das Infraestruturas, que foi ouvido esta quarta-feira na comissão parlamentar de Economia. Perante a falta de vontade de Espanha, João Galamba dá prioridade às obras ferroviárias e à alta velocidade.

“Há uns tempos participei num Conselho de Transportes da União Europeia, onde o grande debate era o tema dos comboios noturnos. A minha intervenção nessa matéria é que Portugal tem outra prioridade: ter comboios. Depois, discutiremos se eles também devem ser noturnos. Como estamos um pouco mais atrasados, a prioridade de Portugal é acelerar e cobrir o terreno perdido no passado. Os comboios noturnos são problemas de países que já têm muitos comboios a funcionar“, respondeu o ministro. “O nosso foco é ter [novos] comboios e acelerar [as obras] nos corredores internacionais Sul e Norte, além da alta velocidade”, acrescentou.

Os comboios noturnos a partir de Portugal deixaram de circular em 17 de março de 2020. A pandemia levou ao fecho das fronteiras e levou à suspensão do serviço. A Covid-19 já nem sequer é considerada uma pandemia, mas nunca mais voltaram a funcionar os comboios Lusitânia (para Madrid, em Espanha) e Sud Expresso (para Hendaye, em França).

O Lusitânia era explorado, em conjunto, pela CP e pela Renfe e gerava prejuízos anuais de dois milhões de euros. O Sud Expresso seguia em conjunto com o Lusitânia Comboio Hotel até Medina del Campo, já em Espanha. No Sud Expresso, a CP alugava as carruagens à fabricante Talgo e tinha perdas anuais de três milhões de euros.

Lisboa era o ponto de partida dos comboios noturnos, pelas 22 horas. O serviço também podia ser utilizado pelos moradores do Entroncamento, Caxarias, Pombal, Coimbra, Santa Comba Dão, Mangualde, Celorico da Beira, Guarda e Vilar Formoso.

João Galamba alega que “do lado de Espanha não há interesse em retomar o comboio noturno pela falta de procura que tem”. No entanto, não faltam passageiros para a rota entre Lisboa e Madrid: para quinta-feira, só de avião, estão marcadas 18 viagens entre as duas capitais ibéricas, entre as 6h35 e as 22 horas.

Em relação ao comboio noturno para França, o secretário de Estado das Infraestruturas assume que há “alguns cenários em que seria eventualmente possível retomar este serviço num modelo operacional diferente com financiamento equilibrado”. No entanto, Frederico Francisco justifica que a CP “tem como prioridade recuperar as carruagens Arco”, compradas em junho de 2020 à Renfe, e teria de alugar uma locomotiva para rebocar as composições.

Embora haja vontade por parte do secretário de Estado, não foi apresentado qualquer prazo para voltar a haver um comboio direto entre Lisboa e Madrid. Até lá, quem quiser viajar de comboio entre as duas capitais ibéricas tem de apanhar três comboios durante o dia e preparar-se para nove horas e 30 minutos de viagem. Até quem optar pelo autocarro irá demorar menos tempo neste percurso.

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sexta-feira, junho 16, 2023

Para Orbán, "há um homem no Ocidente" capaz de "acabar" com a guerra

Viktor Orbán, Foto tirada ao acaso da Internet

Numa entrevista à estação de rádio nacional da Hungria, Orbán mostrou confiança numa pessoa para encontrar uma solução para o conflito na Ucrânia.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, defendeu, esta sexta-feira que "há um homem no Ocidente" que pode "acabar" com a guerra na Ucrânia: Donald Trump. Para Orbán, se Trump vencer as eleições presidenciais norte-americanas de 2024, conseguirá alcançar uma solução para o conflito.

"Há um homem no Ocidente que seria capaz de acabar com esta guerra e fazer a paz. Esse homem é Donald Trump", disse Orbán, em declarações à rádio Kossuth, segundo cita a agência estatal russa TASS.

"A Hungria estaria interessada em ver um defensor da paz no comando dos Estados Unidos", acrescentou ainda.

Na opinião do primeiro-ministro húngaro, se Trump tivesse continuado na presidência dos Estados Unidos a guerra na Ucrânia teria sido evitada.

Declarando o seu apoio a Trump nas presidenciais de 2024, Orbán defendeu que, além da Ucrânia e a Rússia, também os Estados Unidos devem participar nas negociações de paz.

Recorde-se que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro do ano passado. O presidente russo, Vladimir Putin, justifica o conflito com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.

A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas. Os Estados Unidos têm sido o principal financiador militar e financeiro de Kyiv.

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domingo, junho 11, 2023

A comunidade portuguesa "é uma parte importante da sociedade de Macau"

 

Macau, fotografia tirada ao acaso da Internet

A comunidade portuguesa "é uma parte importante da sociedade de Macau", cuja presença oferece "vantagens singulares" nas ligações comerciais e económicas entre a China e os países lusófonos, disse o líder do Governo da região.

No sábado, numa receção alusiva ao Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, realizada na Escola Portuguesa de Macau, Ho Iat Seng disse que os portugueses que vivem no território têm "desempenhado o seu papel com total lealdade e empenho".

O chefe do Executivo de Macau prometeu o "estrito cumprimento da Lei Básica e continuar a propiciar melhores condições em prol do bem-estar de todos os residentes de Macau, incluindo da comunidade portuguesa".

Em abril, numa entrevista à Lusa, o advogado português Jorge Menezes, radicado em Macau, disse que, face à "violação de direitos fundamentais" dos residentes do território, a China não está a cumprir a Declaração Conjunta Sino-Portuguesa.

O acordo, assinado a 13 de abril de 1987 e que levou à criação da Lei Básica, a miniconstituição de Macau, prevê a manutenção dos direitos, liberdades e garantias durante um período de 50 anos.

No sábado, Ho Iat Seng defendeu que "o profundo intercâmbio das culturas chinesa e portuguesa" proporciona "vantagens singulares" para o papel que Macau quer ter, oferecendo serviços comerciais e financeiros na ligação entre a China e os países lusófonos.

Num discurso, o líder do Governo lembrou que a ligação entre Macau e Portugal é "de longa data" e disse que as relações diplomáticas entre Pequim e Lisboa são "amistosas".

Ho recordou a visita que efetuou em abril a Portugal, acompanhado de uma comitiva de 50 empresários locais, liderada pelo secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, que visitou várias empresas portuguesas.

O chefe do Executivo disse que a primeira deslocação ao exterior após a pandemia serviu "para impulsionar o alargamento do intercâmbio e cooperação nas áreas da economia e comércio, da inovação científica e tecnológica, da saúde, da cultura e do ensino da língua portuguesa".

Na semana passada, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong, anunciou que o Governo vai lançar, em breve, o Curso de Formação de Língua Portuguesa, com uma duração de quatro anos, para criar "mais cedo, uma boa base" para os estudantes que pretendam prosseguir estudos em Portugal.

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sábado, junho 03, 2023

Lula: Brasil não aceitará acordo Mercosul-UE se europeus insistirem em compras governamentais

 

Imagem retirada da Internet

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta sexta-feira, 2, que o Brasil não vai aceitar o acordo do Mercosul com a União Europeia se os negociadores europeus continuarem insistindo na abertura das compras governamentais a produtos do bloco comum. “O Brasil não quer assinar sem ajuste. Os europeus querem que o Brasil abra as portas para as compras governamentais. A gente não vai fazer isso”, assegurou Lula em discurso na fábrica de ônibus elétricos Eletra, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

E complementou: “Se não aceitarem, não tem acordo. Não podemos abdicar das compras governamentais, que são a oportunidade para as pequenas e médias empresas sobreviverem nesse País.”

Lula defendeu que o Brasil participe mais do comércio mundial e estabeleça trocas de produtos e serviços com todos países. Porém, ponderou que prefere fazer negócios com empresas brasileiras para fortalecer a indústria nacional.

Em meio à promessa do governo de desonerar os automóveis para reanimar o setor automotivo, o presidente lembrou que a indústria, que chegou a representar 30% do Produto Interno Bruto (PIB), está sumindo do cenário econômico, com essa participação atualmente reduzida para algo entre 10% e 11%.

Nesse momento, Lula criticou o que chamou de “campanhas imensas para destruir a indústria nacional”, como as narrativas a favor da substituição de produtos brasileiros por importados, e que cabe ao Estado garantir a sobrevivência da indústria brasileira para que ela possa ser um dia competitivo no exterior.

Alckmin comemora PIB e balança comercial

Antes de Lula discursar, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, aproveitou para destacar o resultado acima das expectativas do PIB no primeiro trimestre. “Ontem, nós vimos uma boa notícia. O PIB brasileiro está no top 5”, declarou, ao observar que o crescimento da atividade no primeiro trimestre está entre os cinco maiores no mundo.

Alckmin também apontou os números recorde da balança comercial, cujo saldo no mês passado foi de US$ 11,4 bilhões, e aproveitou ainda a passagem pela fábrica de ônibus elétricos, onde foi inaugurada nesta sexta uma nova linha, para apontá-la como um exemplo da neoindustrialização defendida em artigo recente publicado junto com Lula no jornal O Estado de S. Paulo.

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Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...