O Governo anunciou, esta quinta-feira, após o Conselho de Ministros, um novo alívio de medidas para o combate à pandemia de covid-19 em Portugal. Em conferência de imprensa, a ministra da Saúde anunciou que as máscaras deixam de ser de uso obrigatório, com duas exceções.
"Decidimos pela não obrigatoriedade do uso de máscaras, que se mantém restringida a dois tipos de situações: aos locais frequentados por pessoas especialmente vulneráveis (estabelecimentos de saúde, estruturas residenciais para idosos, unidades da rede nacional de cuidados continuados e integrados e estruturas desta tipologia) e locais caracterizados pela elevada capacidade de utilização, pelo difícil arejamento, pela inexistência de alternativas à sua utilização em momentos de grande frequência, como são os transportes coletivos de passageiros (incluindo o transporte aéreo, transporte de passageiros em táxi ou TVDE)", afirmou. Lembrando que a pandemia ainda não acabou", a ministra da Saúde deixou claro que as medidas vão mudar, mas que "há imprevisibilidades" que podem ter de fazer o país voltar atrás. Por isso mesmo, a revisão de medidas, caso necessário, mantém-se em cima da mesa.
"A revisão das medidas, naturalmente pode acontecer como pode acontecer a sua modelação por necessidades decorrentes de uma evolução menos positiva da pandemia. Sabemos que estamos ainda perante uma pandemia, sabemos também que o desconhecimento relativamente a alguns fatores leva a que se mantenha o estado de análise, tudo o que é a evolução vacinal, evolução dos fatores da própria sazonalidade sobre o comportamento da pandemia e, portanto, tudo terá de ser sempre modelado em função daquilo que é contexto. Se surgir uma nova variante, há imprevisibilidades que nós não dominamos.", afirmou Marta Temido.
Marta Temido lembrou, no entanto, que "a situação da pandemia tem registado uma evolução positiva no nosso país", com uma incidência de 583 casos e com o número de internados "estável e decrescente", e que, por esse motivo, o Governo decidiu "assumir o risco" e alterar as medidas.
Ou seja, Portugal continua acima do patamar estabelecido pelos peritos no que ao número de mortes diz respeito: o número de óbitos a 14 dias por milhão de habitantes por covid-19, que deveria estar abaixo de 20, está neste momento em 27,9. Mas, segundo a ministra, o facto de as linhas vermelhas serem bem conhecidas pelos peritos, assim como a doença, da percentagem de vacinação ser elevada e das doses de reforço que colocarem Portugal num patamar muito diferente daquele que existe noutros países, e também do aparecimento de novos medicamentos para a doença grave disponíveis no mercado, fazem com que seja possível dar o passo de retirar restrições.
Para além disso, o facto de estarmos a "entrar num período em termos de sazonalidade” que é tradicionalmente menos favorável à transmissão de vírus respiratórios e dos números da mortalidade geral (por todas as causas) se encontrarem dentro dos valores esperados para a época do ano, com a circunstância adicional de estar estável desde fevereiro, ajuda a que a decisão tenha sido tomada.
"Não estamos portanto no patamar ideal, no número definido como valor de referência, mas entendemos assumir com transparência que o caminho permite alterar o enquadramento que tínhamos porque estamos a assumir que as circunstâncias da pandemia mudaram", afirmou Marta Temido.
Fiquem bem,
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